Os atos ocorrerão em resposta à postura do presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump, que é considerada uma chantagem à soberania brasileira.
A soberania do Brasil tem sofrido ameaças e, diante da gravidade da situação, centrais sindicais e entidades representativas dos trabalhadores e movimentos sociais como a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo convocaram atos em diversas cidades do país e as mobilizações ocorrerão nesta sexta-feira, 1º de agosto.
A mobilização nacional é uma resposta à postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que condicionou a suspensão da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras ao arquivamento das investigações contra Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado. A chantagem internacional foi denunciada pelas centrais como uma afronta à soberania brasileira.
Mesmo com o decreto de Trump, assinado na última quarta-feira (30), que adia a taxação para 6 de agosto e retira quase 700 produtos da lista tarifária, os protestos estão mantidos em todo o país. A população irá às ruas não só para defender a soberania nacional, mas também para exigir mudanças urgentes em diversas áreas.
Mobilizações
Confira os locais e horários confirmados dos atos em defesa da soberania e por mais justiça social:
• Belo Horizonte (MG) – 17h, na Praça Sete
• Florianópolis (SC) – 17h, na Praça da Alfândega
• Joinville (SC) – 16h, na Praça da Bandeira
• Manaus (AM) – 16h, na Praça da Polícia, com caminhada até a Praça do BK
• Porto Alegre (RS) – 18h, na Esquina Democrática
• Recife (PE) – 15h30, na Praça do Derby
• Rio de Janeiro (RJ) – 18h, no Consulado dos EUA
• Salvador (BA) – 15h, no Campo Grande
Durante os atos, também serão defendidas outras pautas fundamentais:
1. Fim da escala 6×1
Luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, e pelo fim da jornada 6×1, que impõe um ritmo exaustivo à maioria dos trabalhadores.
2. Isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil
A proposta busca justiça tributária, beneficiando 9,6 milhões de brasileiros. Estudos mostram que a isenção pode aumentar a renda anual em mais de R$ 4 mil para quem ganha até R$ 5 mil.
3. Taxação dos super-ricos
Os atos também defenderão que os mais ricos – incluindo cerca de 3 mil bilionários – devem contribuir mais. Essa medida geraria recursos para o combate à fome e outras políticas sociais.
4. Redução da jornada de trabalho
A luta por uma jornada mais curta, sem cortes salariais, é histórica. A Constituição de 1988 reduziu a carga de 48 para 44 horas semanais, e o objetivo agora é avançar ainda mais.
5. Contra o PL da devastação
O projeto recém-aprovado no Congresso fragiliza o licenciamento ambiental, favorecendo grandes empreendimentos e colocando em risco o meio ambiente e comunidades inteiras.
6. Contra a pejotização irrestrita
A prática de substituir empregos formais por contratos de pessoa jurídica (PJ) enfraquece direitos trabalhistas.
7. Fim do genocídio em Gaza
As centrais também buscam o cessar-fogo imediato e o fim do cerco à Faixa de Gaza. Também defende o direito do povo palestino a um Estado próprio e a libertação de reféns.