Justiça condena Guedes por fala sobre “servidor parasita”; Fenajud também pediu explicações

Esta ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA). Enquanto isso, Federação também cobra na Justiça que ministro esclareça declarações agressivas ao se referir a categoria.

“O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi condenado pela Justiça Federal da Bahia a pagar R$ 50 mil de indenização pela declaração ocorrida em fevereiro ao comparar servidor público a parasita. A fala ocorreu no contexto da reforma administrativa. “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, disse Guedes. A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA).

A juíza federal da 4ª Vara, Cláudia da Costa Tourinho Scarpa, considerou que houve insulto por parte do ministro e citou “violação aos direitos da personalidade” de integrantes da categoria.

Ainda cabe recurso da decisão.

Fenajud interpela judicialmente ministro

A Fenajud também ingressou, em fevereiro deste ano, por meio de sua assessoria jurídica, com uma interpelação judicial contra o ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida – sob o número 1010308-97.2020.4.01.3400, encaminhada à Justiça Federal em Brasília (DF), teve por objetivo pedir esclarecimentos sobre as declarações agressivas do titular da pasta, onde referiu-se aos trabalhadores e as trabalhadoras do serviço público como “parasitas”.

Para a entidade o ministro do governo de Jair Bolsonaro passou de todos os limites quando fez ofensas aos trabalhadores do serviço público brasileiro.

A ação cobra esclarecimentos acerca de pontos específicos de manifestação do Ministro que, por intermédio de referências, alusões ou frases pode fazer surgir dúvidas acerca do caráter ilícito e danoso.

A fala do ministro, que repercutiu principalmente entre os servidores, foi feita em um seminário sobre o Pacto Federativo, realizado pela Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, no começo do ano.

 

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