Fenajud apoia greve sanitária deflagrada pelos trabalhadores e trabalhadoras da Justiça de SP

O estado de São Paulo registrou 4.501 novos casos confirmados de Covid-19 no último domingo (26), elevando o número total para 483.982 confirmações desde o início da pandemia, segundo dados do Ministério da Saúde. A média móvel de novos casos, que considera os registros diários dos últimos 7 dias, voltou a indicar tendência de alta no estado. Até o momento já são 21.606 óbitos.

Mesmo diante desse cenário catastrófico, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a retomada das atividades presenciais. Avaliando todos os riscos impostos à categoria no estado, os servidores e as servidoras do Judiciário Paulista decidiram – por meio de assembleia virtual realizada pelo Sintrajus-SP, deflagrar greve sanitária a partir desta segunda (27). A Fenajud se solidariza com os trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário do Estado de São Paulo e apoia categoricamente a decisão de dar segmento à greve sanitária em defesa da vida.

A greve não significará uma paralisação no atendimento da Justiça estadual. De acordo com o Sintrajus, “A decisão pelo movimento paredista se deu pela necessidade real e urgente de suspensão do expediente presencial, que não interfere em nada na prestação jurisdicional, que vem sendo assegurada sem interrupções ou prejuízos aos jurisdicionados, em regime de teletrabalho e trabalho remoto, inclusive, com altos índices de produtividade”.

A categoria tem sofrido duramente o impacto da pandemia em todo país. Servidores já perderam a vida devido à Covid-19 em SP, sendo que o estado se tornou o novo epicentro da doença e, em muitas regiões, a pandemia está em crescimento acelerado.

Além da Greve Sanitária, foi deliberado pelo Sindicato, em parceria com outras entidades, o encaminhamento de documento aos órgãos nacionais e internacionais sobre os inúmeros doentes e mortos que possam surgir após este prematuro retorno presencial.

A Federação alerta que o retorno físico, neste momento de pico, coloca toda categoria em perigo – seus parentes idosos e familiares de grupos de risco, indiretamente, e a população em geral por causa da pandemia da Covid-19. Além disso, o deslocamento dos servidores e servidoras, especialmente daqueles que dependem do transporte público, só agravaria o quadro da Covid-19 em São Paulo.

Nesse sentido, a Fenajud como entidade combativa e que defende os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, destaca que o retorno presencial não é a melhor decisão. Nesta batalha, as vidas valem muito mais.

A entidade se coloca à disposição dos trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Estadual, do Sindicato, e afirma que estará atenta aos desdobramentos dessa situação.

Fenajud

 

 

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