Fenajud repudia possibilidade de redução salarial e de jornada de servidores

Nesta terça-feira (24) o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, declarou à imprensa que alguns partidos e parlamentares cogitam a possibilidade de apresentar proposta na Câmara que permita redução salarial e de jornada dos trabalhadores e das trabalhadoras do serviço público. Para a Fenajud a medida é inaceitável e por este motivo vem a público repudiar essa tentativa de ataque frontal aos responsáveis pelos serviços públicos, majoritariamente envolvidos no combate à pandemia do Coronavírus (Covid-19) – como os profissionais de saúde, da segurança pública, pesquisadores, da justiça, da segurança sanitária, controle de fronteiras, entre outros.

A entidade avalia que o governo usa do momento delicado para promover o desmonte do serviço público como moeda de troca. A redução de jornada sequer poderia ser confirmada, pois há diversas funções extremamente necessárias sendo exercidas de forma contínua, onde os trabalhadores e trabalhadoras do funcionalismo público atuam, neste momento delicado, em forma de trabalho remoto (teletrabalho), como é o caso do Poder Judiciário.

Conforme orientações da supervisora técnica do Dieese, Ana Georgina, nesta segunda (23) à Fenajud, do ponto de vista econômico, num momento de queda da atividade, como o atual, cabe ao Estado o fomento da economia e não o contrário. “Cortar salários de trabalhadores, seja da iniciativa privada ou pública, prejudicaria ainda mais a sustentação da economia no país, pois reduziria automaticamente o consumo, levando à recessão. Os trabalhadores e as trabalhadoras não podem ser atingidos(as) por medidas que reforçam a calamidade pública”, disse.

A Federação ressalta que se manterá atenta a todas as medidas propostas no mundo do trabalho que envolvam a classe trabalhadora. A entidade ressalta que estará lado a lado de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras para vencer mais esse momento difícil.

Por fim, a entidade pede ainda que as autoridades respeitem todos os princípios constitucionais e legais. Promover o bem estar de todos é mais do que necessário, é humano.

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