A Fenajud apresenta em sua 4º semana da série “Resistência tem nome: mulher” a história da ativista transexual Indianara Alves Siqueira e de Maria Clara Araújo, ativista transexual. A série está em sua penúltima publicação e vem contando ao longo do mês de março histórias de diferentes mulheres, emocionantes, fortes e inspiradoras.
Indianara Alves é conhecida por sua trajetória como uma das idealizadoras da Casa Nem, abrigo para pessoas LGBTIs em situação de vulnerabilidade, no estado do Rio de Janeiro. Em 1995, se tornou presidente fundadora do Grupo Filadélfia de Travestis e liberados da baixada santista. Em 1996, na IV Conferência Municipal de Saúde de Santos foi uma das primeiras propositoras para à ideia do uso do nome social. Em 1997, trabalhou em conjunto com a Casa de Apoio Brenda Lee (casa para pessoas com HIV/AIDS e travestis sem moradia). Além disso, foi Presidente do Transrevolução (2012), e fundou em 2015, o PreparaNem, um coletivo trans-ativista preparatório para o ENEM – fundado, composto e voltado principalmente para pessoas travestis e transexuais, no RJ. Sua trajetória é marcada também pela atuação política e resistente, em 2016 Indianara chegou a ser vereadora suplente. Atualmente segue suas atividades voltadas para o público trans.
A segunda história de vida a ser explorada nesta edição é de Maria Clara Araújo, ativista transexual, negra, nordestina e dona de uma trajetória emocionante. Ela que é uma jovem da periferia do Recife, foi convocada entre os mais de 6 mil aprovados no SISU para ocupar uma vaga da Universidade Federal do Pernambuco, no curso de Pedagogia. Ela conta emocionada, o que a sua vitória representou para ela e para o movimento: “Foi sem dúvida muito importante porque é preciso que fique claro que a universidade não foi feita para pobre e trans!”. Vinda de família adotada, ela entrou na Universidade no curso de pedagogia e quer revolucionar a educação do país com a sua presença e militância, empoderando, conscientizando e inspirando milhares de outras mulheres de todo o Brasil para que como ela, sejam um símbolo de força e grite aos quatro cantos cheias de orgulho: “A revolução será travesti!”.
Na próxima semana a Fenajud trará mais duas e últimas mulheres da série. Acompanhe e compartilhe entre seus amigos e suas amigas.