Greve geral contra reforma da Previdência é registrada em 26 estados

Balanço aponta paralisações dos trabalhadores de todas as Regiões do país.  Servidores do judiciário aderiram ao ato, cruzaram os braços e participaram de protestos contra o fim da aposentadoria e os cortes na educação.

Os trabalhadores e trabalhadoras do país deram um recado claro ao governo federal, de que são totalmente contra a proposta de reforma da Previdência. Nesta sexta-feira (14), em todo o Brasil, diversas categorias – incluindo o judiciário estadual – cruzaram os braços e pararam suas atividades corriqueiras durante todo o dia, em protesto contra a PEC 06/2019 e em defesa da educação. As vozes, pelos 26 estados de todas as regiões, ecoavam um só coro: não mexa na nossa aposentadoria! Respeite a educação!

Os trabalhadores do judiciário participaram em massa das atividades. Os dirigentes da Federação também estiveram nas ruas e nos locais de trabalho, para alertar a categoria sobre os possíveis retrocessos que serão implementados, caso a proposta seja aprovada no Congresso.

Para a coordenação colegiada da Fenajud, “a greve geral significa um grande avanço, assim a classe trabalhadora mostra, mais uma vez, que continua unida e em prontidão para lutar contra qualquer retirada de direito. Não podemos aceitar essa reforma que pune apenas os mais pobres e trabalhadores, enquanto privilegia os ricos e banqueiros.”

O ato é considerado maior do que o realizado em 2017, no governo de Michel Temer. Um levantamento feito pelas centrais aponta que mais de 380 cidades tiveram manifestações durante o dia. Apesar das tentativas de repressão e práticas antissindicais de patrões e Tribunais, a classe trabalhadora segue unida e mostrou força na #grevegeral de 2019. Mas, o trabalho no Congresso continua. As entidades permanecerão de prontidão contra a medida.

A greve de hoje foi apenas o início das ações a serem realizadas em conjunto para derrotar essa medida nefasta. Organizada pela CUT e demais centrais sindicais – CTB, Força Sindical, CGTB, CSB, UGT, Nova Central, CSP- Conlutas e Intersindical -, a greve ganhou a adesão de trabalhadores do judiciário estadual e federa, bancários, professores, metalúrgicos, químicos, portuários, trabalhadores rurais, agricultores familiares, metroviários, motoristas, cobradores, caminhoneiros, trabalhadores da Educação, da saúde, de água e esgoto, dos Correios, eletricitários, urbanitários, petroleiros, enfermeiros, vigilantes, servidores públicos federais, estaduais e municipais, entre outras categorias.

Confira o vídeo das mobilizações realizadas pelos trabalhadores do judiciário, aqui.

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