Chegou a hora de ocupar as ruas e locais de trabalho para lutar pelo que é nosso por direito: a aposentadoria pública. Acompanhando a conclamação das centrais sindicais e dos movimentos sociais, a Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) convoca toda sua base, por meio de seus sindicatos filiados, para participar no dia 14 de junho da greve geral. Os atos são contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, Reforma da Previdência, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro este ano. Locais e horários das manifestações serão divulgados em breve.
A orientação da Fenajud é que as entidades participem das atividades em seus estados, sejam elas: assembleias, debates, protestos, panfletagem ou qualquer ação direcionada à população em geral. O objetivo é esclarecer os principais pontos nefastos da medida e como ela atinge em cheio a classe trabalhadora do país.
A expectativa é que esta seja a maior greve geral da história desse país, com a finalidade de derrotar a proposta de reforma da Previdência do governo. A medida significa na verdade acabar com a Previdência pública de regime de repartição e estabelecer uma previdência por capitalização, que vai atender apenas aos interesses dos banqueiros, os que mais querem aprovar a PEC 6/19.
Reforma complexa e injusta
Thaís Riedel, advogada e presidente do Instituto Brasiliense de Direito Previdenciário – IBDPREV, já declarou em entrevista à Fenajud que “a reforma é muito complexa, envolve temas diversos e não apenas os estritamente previdenciários. Traz alterações significativas nas regras atuais, tanto no que tange ao custeio do sistema previdenciário quanto em relação aos requisitos para se ter direito aos benefícios previdenciário e, principalmente, quanto aos cálculos dos benefícios”.