Fenajud participa de debate sobre Reforma da previdência promovido pelo Sindjud PE

Coordenador de formação sindical, Bernardino Fonseca, participou de debate em Recife. Atividade fez parte das ações alusivas ao 1º de maio – Dia do Trabalhador.

O coordenador de Coordenação de Formação Sindical, Bernardino Fonseca, acompanhou a audiência pública promovida pelo Sindjud PE, no último dia 3 de maio, em Recife. Na ocasião, o sindicato debateu junto a sua base sobre os impactos que a reforma da previdência proposta pelo Governo Federal vai promover na vida dos trabalhadores, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional. Além da Fenajud, participaram o Conselho Regional de Serviço Social – 4ª Região, o Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público Estadual e o Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas de Pernambuco.

Durante a tarde, foram discutidos temas como o novo cálculo para aposentadoria, o mito do déficit da previdência e o desmonte do financiamento público da seguridade social.

“Não podemos pensar apenas na previdência de forma isolada. Ela compõe a seguridade social, prevista na Constituição Federal de 1988, artigos 194 e 195. É fruto das lutas da classe trabalhadora ao longo da história. A gente não pode pensar meramente da previdência. É preciso entender que todo o sistema posto de seguridade social está sendo desmontado. A previdência é apenas uma das políticas sociais, que formam junto com a saúde e a assistência social o tripé da seguridade. E ela é fruto de um longo processo de luta para a garantida de direitos básicos. Esse sistema não se constituiu do dia para a noite”, afirmou Alcides Campelo, que fez um passeio histórico sobre a criação do estado social de direito e criticou a falta de uma política efetiva para a geração de emprego e renda.

Para Bernardino Fonseca, o grande mérito do debate foi trazer o tema de uma forma que provoque mobilização nos espectadores, acima da manipulação das informações que são disponibilizadas pelos donos do capital.

O advogado Danilo Miranda explicou o modelo de repartição vigente atualmente e fez uma demonstração do modelo de capitalização implementado no Chile, que foi a inspiração para o modelo proposto pelo governo federal. “As relações de trabalho estão mudando e a gente vê claramente que isso não tem resultado em novos postos. Essa premissa de que barateando o custo por posto, vai aumentar a quantidade de vagas não se sustenta. Os empregadores não vão aumentar o seu custo somente para contratar. Isso não faz o menor sentido e essa lógica se reflete também na proposta de reforma da previdência.”

Para Paulo Rubem Santiago, não se pode analisar a situação sem levar em conta a análise do entorno, as condições sócio-econômicas das populações que serão mais atingidas pela reforma. “Eles nos trazem um pacote embalado e querem que a gente aceite tudo, sem nem poder refletir à respeito. Na proposta apresentada tem mais tópico de argumentação do que propostas propriamente ditas. Alguma coisa está errada aí e essa reforma não é sustentável. Se fosse, as planilhas e cálculos eram autoexplicativas”, afirma.

A atividade faz parte da política de formação continuada promovida pelo SINDJUD PE. De acordo com a direção da gestão “Fortalecer e avançar!”, haverá outras atividades formativas descentralizadas, fortalecendo a categoria em toda região do Estado. Esse debate teve transmissão online pela página oficial do sindicato no Facebook, o que já possibilitou o acompanhamento de qualquer servidor, mesmo aqueles em regime de teletrabalho.

“Esta atividade faz alusão ao 1º de maio e reforça no nosso comprometimento com as pautas que afetam diretamente a classe trabalhadora, à qual fazemos parte”, explicou Figueiroa em sua apresentação.

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