Fenajud ouviu especialistas sobre o assunto e vai trabalhar o tema durante todo o mês, por meio de campanha, em parceria com sindicatos filiados.
Alguém próximo a você sofre de depressão ou tem ideação suicida? É preciso falar (e ouvir) sobre isso. Compreender as razões que levam ao suicídio é uma das maiores questões que desafiam a saúde pública atualmente. Ainda que o suicídio simbolize uma problemática cada vez mais presente, o diálogo é a alternativa mais adequada para conter essa prática, segundo especialistas. Sob o mote “Combater o tabu é salvar vidas” a Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), em parceria com os sindicatos filiados, irá participar mais uma vez da campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo de promover a informação sobre saúde mental e a prevenção do suicídio.
A entidade ouviu cinco especialistas que apontam, de forma unânime, que desconstruir o tabu reduz em até 90% os casos de suicídio. Essa situação pode ser evitada, em sua grande maioria, quando há espaço de circulação da palavra, quando se pode falar abertamente e encontrar ajuda.
“Nem sempre é fácil lidar e diagnosticar uma pessoa com problemas como a depressão. Muitas delas não falam sobre seus problemas. Há diferentes tipos de depressão e um dos primeiros sinais da doença é a mudança de comportamento. É preciso questionar diretamente o que está acontecendo, onde dói e como pode oferecer ajuda. Mas é importante que seja um diálogo aberto e sem julgamento. É importante que a pessoa procure ajuda profissional para lidar com essas situações”, aponta Robert Newton, psicólogo (CRP 01/19746) ouvido pela Fenajud.
O especialista aponta que pessoas com depressão, ansiedade, devido ao tabu, não sabe a quem procurar ajuda, em muitos casos, e chegam a sentir vergonha de falar de sua dor. “Temos que conscientizar a sociedade que pessoas em estado depressivo ou depressão não é louca e sim um indivíduo que precisa de ajuda. Oferecer ajuda é sempre importante”, esclarece.
O profissional reafirma a necessidade de compartilhar a dor, a angústia. E quem a ouvir, que ouça com fraternidade cordialmente e sem julgamentos, pois uma das grandes questões para a pessoa não procurar ajuda é o preconceito enraizado.
Confira o vídeo da campanha: