Fenajud repudia sentença com cunho racista de juíza e cobra providências ao CNJ

Natan Vieira da Paz, foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão pela juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba (PR), acusado de integrar uma organização criminosa e praticar furtos. A decisão foi proferida no dia 19 de junho e publicada na última terça-feira (11). Seria apenas mais uma condenação, não fossem as palavras usadas na sentença da magistrada. No texto, ela afirma que o réu, que é negro, “seguramente” integra grupo criminoso “em razão de sua raça”.

Pelos termos inadmissíveis e criminosamente racistas, a Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) vem a público repudiar a fala da juíza e cobrar da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que sejam tomadas medidas cabíveis.

Para a Federação, ficou evidente o racismo nas palavras da juíza que entendeu que Natan é criminoso por ser negro e deve ser condenado. Essa prática jamais será tolerada por esta entidade.

Reforçamos que a Federação é contra toda forma de preconceito e intolerância, seja ela de raça, origem, gênero, idade, e quaisquer outras formas. Rejeitamos este tipo de conduta, por parte de qualquer membro da sociedade, inclusive dentro do Poder Judiciário. Posturas como esta, manifestada pela magistrada, não condizem com a democracia e com o que estabelece claramente a nossa Constituição.

Fenajud

 

Comments

comments