Outubro Rosa: para florescer é preciso cuidar

A Federação e seus sindicatos filiados irão veicular informações sobre o tema em seu site e redes sociais, durante todo o mês. Para falar sobre o assunto, a Dr. Marilha Gabriela Martins, Mastologista e Ginecologista foi ouvida.

A primavera chegou, com ela veio também o Outubro Rosa. A data celebrada anualmente tem como objetivo compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico, de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

Em todas as culturas, o seio é cheio de simbologia, seja quando evoca a mulher como fonte de alimento; seja na luta feminina, como símbolo da liberdade e das reivindicações; ou seja como fonte de prazer, afeto e aconchego. Mas, ele também pode adoecer. E alguns cuidados podem ser tomados para prevenir essa doença. Por isso, durante todo o mês, a Federação e seus sindicatos filiados irão veicular informações sobre o tema em seu site e redes sociais.

Para falar sobre o assunto, a Fenajud ouviu a Dra. Marilha Gabriela Martins, Mastologista e Ginecologista. Nessa entrevista abordamos os principais pontos sobre o assunto. A Dra abriu a entrevista dizendo que “O Outubro Rosa tem fundamental importância, pois acontece para conscientização da população frente à prevenção do câncer de mama”.

Sobre os sintomas, a Dra. Marilha aponta que “A grande maioria são assintomáticos, mas os principais sintomas relacionados ao Câncer de mama são: nodulações palpáveis, que são áreas na mama com o toque endurecido; alterações da pele da mama representadas por feridas que não cicatrizam ou através da pele com aspecto avermelhado e endurecido; secreção pelo mamilo, principalmente se for espontânea, de aspecto sanguinolenta; abaulamento (perda de elasticidade) de pele ou retrações e alterações no mamilo representadas por feridas, retrações e alterações do formato”.

Ela lembra que “os Hábitos saudáveis podem prevenir não só o câncer de mama como também outras doenças. Praticar exercícios físicos regularmente, ter uma dieta equilibrada, evitar o sobrepeso e obesidade, amamentar e evitar abuso de bebidas são medidas simples que previnem o câncer de mama”.

Engana-se quem pensa que apenas as mulheres sofrem com essa doença. De acordo com a mastologista, “Embora seja raro, o câncer de mama também pode afetar o sexo masculino. Isso acontece na proporção de um caso para cada grupo de 100 mulheres diagnosticadas. Geralmente, apresenta-se como nodulação palpável e com o mesmo perfil histológico que em mulheres. A doença afeta principalmente homens mais velhos”.

A especialista aponta que “o exame mais importante para identificar o câncer de mama é a mamografia. Tem a capacidade de identificar o que chamamos de microcalcificações, algo que caracteriza achados de câncer de mama inicial”.

Neste mês de prevenção, a médica deixa um recado para mulheres e homens, “Vale ressaltar a importância em realizar acompanhamento anual com mamografia e exame físico realizado pelo seu médico, sendo indispensável a partir dos 40 anos de idade. É importante lembrar que o diagnóstico precoce é essencial, quanto mais cedo for diagnosticado o câncer de mama maiores as chances de cura”, disse.

Dados

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país (excluídos os tumores de pele não melanoma). Para 2019, foram estimados 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres. A única região do país em que o câncer de mama não é o mais comum entre as mulheres é a Norte, onde o de colo de útero ocupa a primeira posição.

Com uma taxa de 13,68 óbitos/100 mil mulheres em 2015, a mortalidade por câncer de mama (ajustada pela população mundial) apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. O Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015, respectivamente.

A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade, tendo ocorrido menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.

A importância do diagnóstico precoce

A redução de risco e o diagnóstico precoce da doença seguem sendo os principais fatores para reduzir a mortalidade por câncer. Segundo o INCA, é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de alguns hábitos, conforme citado acima.

O diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam muito maiores para a paciente, chegando a 95%. Infelizmente, quanto mais avançado for o estágio do câncer de mama no momento em que a doença é detectada, ou seja, quanto mais tarde a doença for diagnosticada e tratada, essa chance de cura vai ficando menor.

Baixe aqui a cartilha do INCA sobre o câncer de mama e obtenha mais informações.

 

Lembre-se: para florescer é preciso cuidar!

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