Em reunião na Corregedoria, SERJUSMIG cobra providências quanto ao treinamento e suporte para os sistemas PJe e SEEU

Na tarde de hoje (19), os dirigentes do SERJUSMIG Rui Viana, Ronaldo Ribeiro e Willer Ferreira foram recebidos pela juíza Lívia Lúcia Oliveira Borba, Superintendente Adjunta de Planejamento da Secretaria da Corregedoria Geral de Justiça do TJMG, para discutirem formas de solucionar o grave problema enfrentado por servidores de todo o estado em relação à utilização do PJe e SEEU.

Os servidores, que no dia a dia já se deparam com imensos problemas como a falta de pessoal, além de lidarem com diversas responsabilidades em sua rotina, como utilização do SEI, PJe, JPe, malote digital, Sistac, e-mail, Infodip, BEMP, BNP, SEEU, ainda têm que enfrentar – sem o devido treinamento e sem a devida infraestrutura – o desafio de um sistema novo, instável, complexo e com expansão acelerada, como é o PJe. E, em meio a tudo isso, ainda têm que suportar a enorme cobrança de produtividade.

Em suas visitas às comarcas, e também por meio de mensagens, o SERJUSMIG tem recebido inúmeros desabafos, em especial sobre a falta de treinamento presencial para o PJe, e vem percebendo que muitos servidores já estão chegando ao seu limite.

Na reunião desta tarde, os sindicalistas expuseram essa realidade à juíza e ressaltaram que os esforços do TJMG em disponibilizar tutoriais EaD, manuais e vídeos, ainda que muito importantes, estão sendo insuficientes para dar vazão a todas as dificuldades que os trabalhadores do Judiciário mineiro vêm enfrentando em sua nova rotina. E, com servidores cada vez mais angustiados e estressados, caso as medidas necessárias para conter o problema não sejam tomadas, os índices de adoecimento tendem a aumentar.

O SERJUSMIG lembrou à juíza que a implantação do PJe nas comarcas de entrância especial ocorreu em um ritmo menos acelerado, o que propiciou ao TJMG oferecer o treinamento presencial de duas semanas aos servidores, sendo que, após intervalo de 15 dias, a equipe retornava à comarca para nova mais uma semana de suporte. Em seguida, o Tribunal reduziu o treinamento presencial para uma semana e as últimas comarcas nas quais o PJE foi introduzido sequer tiveram treinamento presencial, contando apenas com o curso EaD. Quanto ao SEEU, o treinamento também aconteceu de forma presencial nas comarcas de entrância especial.

Por tudo isso, na reunião de hoje os dirigentes reivindicaram à juíza que treinamentos presenciais, ainda que de forma regionalizada, fossem retomados pelo Tribunal, restritos a servidores e com suporte em tempo real. Na ocasião, os dirigentes formalizaram as reivindicações por meio de um ofício.

A juíza ouviu atentamente os relatos dos sindicalistas e informou que iria criar um processo no SEI com essa reivindicação, a fim de colher manifestações de todas as áreas responsáveis.

O SERJUSMIG reforçou que a situação não pode permanecer como está e que os servidores não podem assumir responsabilidades que não são de sua competência. Cabe à Administração promover a estrutura de trabalho adequado, bem como toda a capacitação necessária.

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