Mulheres que atuam no judiciário estadual em diferentes Unidades da Federação participaram da manifestação, que aconteceu em Brasília nesta terça (13) e quarta (14). Atividade protestou contra fim da aposentadoria pública, em defesa da soberania popular, da democracia, da justiça, da igualdade e por um país livre de violência.
Pela primeira vez, as trabalhadoras do Judiciário estadual e federal se uniram a mais de cem mil trabalhadoras da cidade e do campo, para participar da Marcha das Margaridas, que tomou as ruas da capital federal, rumo ao Congresso Nacional na manhã desta quarta-feira (14). Vindas de diferentes partes do país, e de outros países, elas protestaram contra os desmontes das políticas públicas e da Previdência, que penaliza os mais pobres, principalmente as mulheres. No âmbito do judiciário estadual, a convocação foi encabeçada pela Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados).
O evento, que está em sua 6ª edição, teve como lema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada em frente de seus familiares.
As trabalhadoras ecoaram em uma só voz que não concordam com a retirada de direitos, como a reforma da Previdência – que prejudica a maioria das mulheres no país – que tem consciência política e sabem que é preciso defender a democracia, a justiça, a liberdade e lutar por trabalho digno, educação, saúde e desenvolvimento sustentável e solidário.
De forma coordenada, as atividades de hoje tiveram início às 05h da manhã. Exatamente às 07h já estavam nas ruas, tomando o Eixo Monumental rumo à Esplanada dos Ministérios. Até às 12h, caminhavam empunhando com orgulho suas bandeiras, com seus chapéus, suas faixas e suas camisetas em uma manifestação pacífica, mas com forte mobilização.
Participaram as coordenadoras da Fenajud, Sandra Silvestrini, Adriana Pondé, Ana Paula Araújo e Climeni Rodrigues, juntamente com as representantes das entidades Fenajufe, Serjal, Sindijus-SE, Sindjustiça-RN, Sindjustiça-RJ, Sindijudiciário-ES, Sindjud-PE, Serjusmig (MG), Sindjus-DF, Sinsjusto-TO Sintrajufe-RS, Sisejufe-RJ, Sindjuf/PA-AP, Sindijufe-MT, Sintrajuf-PE, Sindiquinze e Sintrajud-SP.
Encontro Margaridas do Judiciário
O bloco formado pela Fenajud e Fenajufe deu início às atividades ainda durante a terça (13), com uma roda de conversa sobre os principais pontos da PEC 06/2019. O debate aconteceu com a advogada Yasmin Yogo, da Assessoria Jurídica Nacional da Federação do Judiciário Federal.
Durante o encontro as entidades definiram ainda algumas estratégias que serão postas em prática nos próximos seis meses, com o intuito de fortalecer as mulheres do judiciário perante a sociedade e aos Poderes. Mais informações serão divulgadas em breve.
A próxima Marcha das Margaridas acontecerá em 2023, também no mês de agosto.