Previdência: de portas fechadas deputados seguem com destruição da aposentadoria

Movimentos sociais, sindicais e estudantis se reuniram na entrada do anexo 2 da Câmara dos Deputados, na quarta (11), para protestar contra medida desastrosa. Dirigentes da Fenajud participaram da mobilização. Nesta sexta (12) houve outra manifestação, desta vez na Esplanada dos Ministérios com presença massiva de estudantes e centrais sindicais.

Com as portas da Câmara Federal fechadas para os trabalhadores desde quarta-feira (10), os deputados seguem disparados contra a classe trabalhadora do país. Primeiro aprovaram com 379 votos, em primeiro turno, o texto base da reforma da Previdência. Agora continuam o desmonte de um dos direitos mais importantes no Brasil: a aposentadoria. Durante a semana os dirigentes da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) , Alexandre Lima e Bernardino Fonseca, acompanharam as atividades que envolviam a PEC 06/2019, no sentido de dialogar com deputados e deputadas em defesa do povo.

A PEC  impõe perdas inimagináveis à toda classe trabalhadora, principalmente às mulheres e mais pobres. Se aprovada em segundo turno, a matéria segue para o Senado, onde vai passar por uma discussão após o recesso parlamentar. Se houver mudança o texto retorna à Câmara.

Mas, antes, para concluir a votação os parlamentares ainda precisam analisar emendas e destaques apresentados pelos partidos para tentar alterar pontos específicos do texto. A votação da reforma da Previdência em segundo turno no plenário da Câmara dos Deputados deverá ficar para o dia 6 de agosto.

Na quarta (10) diversos setores tentaram acompanhar a votação na galeria do Plenário, mas foram impedidos por decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia. Assim, os movimentos sociais, sindicais e estudantil se uniram contra essa barbárie na entrada do anexo 2 durante toda a tarde. O ato contou com a participação dos dirigentes da Fenajud.

Bernardino ponderou “Há tempo de barrar esse retrocesso. O povo brasileiro precisa se mobilizar. Com multidões na rua, a classe trabalhadora pode vencer no Senado. Ainda há tempo para nossa base conscientizar os trabalhadores e trabalhadoras nos estados. Nossa base tem um papel fundamental neste processo, pois é extremamente necessário mostrar ao povo os prejuízos que essa ‘reforma’ trará”.

Alexandre concorda com Bernardino e acrescenta “a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro não combate privilégios, pelo contrário: atinge apenas os mais pobres, reduz aposentadoria da mulher, mexe nas pensões, altera a idade para aposentadoria do trabalhador rural e dos professores. Sem contar que essa PEC prejudica substancialmente os servidores públicos, que pagarão muito mais de contribuição, quando sofrem com desvalorização financeira nos estados”.

Ato contra a PEC

Nesta sexta (12) estudantes bloquearam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em protesto contra a reforma da Previdência. O ato foi convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e centrais sindicais.

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