O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) deve buscar decisões em consenso com servidores para resolver entraves da Resolução 219 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A resposta do desembargador Eduardo Sarrão aos questionamentos de dirigentes do Sindijus-PR aponta que será possível negociar a Isonomia entre os quadros de 1º e 2º graus. Sarrão é o desembargador indicado pela nova gestão para encaminhar as questões da Resolução 219.
Em reunião nesta quinta-feira (02) com o Sindijus-PR, Sarrão garantiu que o Tribunal está “fazendo todos os esforços para cumprir” a regulamentação do CNJ. Ele mencionou que um dos problemas, o de deslocar servidores da Secretaria para o foro judicial, tem sido equalizado ao longo das gestões. “No último triênio tínhamos mais 430 servidores a serem disponibilizados. Neste ano, após adequações, são pouco mais de 200”, garante.
Pauta maior dos servidores, a Isonomia volta à mesa de negociação agora, após o envio do anteprojeto ao CNJ para atender à Resolução 219. Diretores do Sindijus-PR reapresentaram cálculos para que as tabelas de vencimento sejam equiparadas. Com um índice de 14% para igualar os salários do 1º e 2º graus para o nível médio, após a unificação das carreiras, o Sindicato acredita que é possível avançar na equiparação.
“Não é um índice alto para inviabilizar a proposta. Queremos agora, após definida unificação dos cargos, estabelecer condições para que essa desigualdade seja eliminada do judiciário”, afirma o diretor Lucinei Guimarães.
Eduardo Sarrão reafirmou que as propostas podem ser avaliadas. “Há algumas questões que inviabilizam a mudança na tabela. Uma nova proposta pode ser objeto de conciliação entre servidores e TJ. Mas buscaremos o consenso sempre que possível”, disse.
Sobre o concurso de técnico judiciário, Eduardo Sarrão disse que a ideia do TJPR é realizar ainda no primeiro semestre do ano. Caso contrário, a prova seria aplicada em meados de julho. Inclusive o Tribunal já teria informado ao CNJ a possível data do concurso.