A Fenajud – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados retornou ao estado do Pará nesta semana para reforçar o apoio à greve dos servidores, organizada pelo SINDJU-PA, em busca da aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). A coordenadora-geral Elisangela Paula esteve pela segunda vez no estado para apoiar a luta pelo reconhecimento e valorização dos servidores, e colocando a Federação ao lado do sindicato nessa batalha.
Durante a sessão do Tribunal Pleno, que deveria votar o PCCS, ocorreu um revés inesperado. O relator do processo informou que problemas técnicos impediram a votação. Os demais desembargadores receberam um relatório diferente daquele que havia sido votado pela Comissão de Organização Judiciária (COJ), o que gerou a necessidade de um tempo adicional para analisar o que foi acordado anteriormente e o que foi aprovado na última reunião da COJ. Diante dessa situação, o relator solicitou o adiamento da votação.
No entanto, a atuação firme do SINDJU-PA parece ter desempenhado um papel decisivo nesse adiamento. Durante a semana, os representantes do sindicato visitaram os gabinetes dos desembargadores, entregando cópias do plano e destacando as divergências no relatório. Esse esforço intenso de mobilização resultou num efeito positivo, contribuindo para o adiamento, que pode abrir espaço para um debate mais justo e transparente.
A presença massiva dos servidores foi um marco importante neste dia. A categoria lotou o Tribunal Pleno para acompanhar a votação, demonstrando a força e a união dos trabalhadores do Judiciário paraense.
Agora, com o adiamento da votação, a categoria se reuniu em assembleia nesta quarta-feira (17/10) para discutir os próximos passos do movimento grevista e as estratégias para garantir a aprovação de um PCCS digno e justo.
Elisangela aponta que “A Fenajud continuará acompanhando de perto essa luta e reafirma seu compromisso com os servidores do Judiciário do Pará, reforçando que a justiça deve ser feita com a valorização de quem mantém o sistema judiciário em funcionamento. Essas trabalhadoras e os trabalhadores merecem respeito e a valorização que tanto buscam.”