Dirigentes da Fenajud, Fenajufe e Fenamp destacaram a importância da participação ativa dos servidores e das servidoras no processo democrático. Para os representantes, as escolhas refletirão diretamente na implementação de políticas que impactam diretamente a vida dos cidadãos, como saúde, educação, segurança e infraestrutura.
Na noite desta terça-feira, 17 de setembro, as Federações do Sistema de Justiça, Fenajud, Fenajufe e Fenamp se uniram para realizar uma live que abordou as “Perspectivas Federativas: o Impacto das Eleições Municipais de 2024”. O grupo destacou a necessidade de uma participação ativa das servidoras e servidores públicos no processo democrático e as eleições se mostram como um espaço adequado para o início desse esperado engajamento. Isso se dá, de acordo com os dirigentes, pela necessidade de implementação de políticas públicas concretas que impactem e beneficiem diretamente a vida dos cidadãos, como saúde, educação, segurança e infraestrutura.
A live contou com uma análise de conjuntura de Vladimir Nepomuceno, assessor legislativo. Pelas Federações, estiveram: Eduardo Couto, coordenador-geral da FENAJUD; Sandra Dias, coordenadora-geral da FENAJUFE; e Juliana Costa Vargas, coordenadora de assuntos jurídicos da FENAMP.
Vladimir Nepomuceno, apresentou em uma análise de conjuntura como as decisões tomadas em nível local podem influenciar diretamente a vida dos cidadãos e as escolhas influenciam o parlamento nacional. Nepomuceno também reforçou a necessidade de que os eleitores estejam bem informados sobre os candidatos e suas propostas.
“Essas eleições estão profundamente conectadas à política nacional e afetam todos, desde servidores e trabalhadores até estudantes e aqueles em busca de moradia e emprego. É fundamental que a sociedade discuta essas questões”.
Para Juliana Vargas, da Fenamp, “Vejo as eleições municipais como um termômetro para 2026, especialmente com a influência crescente de vertentes religiosas na política local, muitas vezes associadas a facções criminosas. No Rio de Janeiro, enfrentamos sérios problemas com milícias. É essencial destacar não apenas os prefeitos, mas também a importância da câmara de vereadores. Cada vez mais, os candidatos à vereança parecem distantes de suas funções de fiscalizar contas públicas e as políticas implementadas. Muitas vezes, entram comprometidos com segmentos específicos, sem propostas claras. Como sindicato, precisamos atuar nesse cenário eleitoral, trazendo reflexões para nossas bases. Nossos servidores e sindicalizados vivem e trabalham em seus municípios, e é vital que estejam informados e engajados nas questões locais”, disse.
Eduardo Couto, em sua fala ressaltou que “O servidor pode questionar a relação entre as eleições municipais e sua vida, que parece ser decidida nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Embora isso tenha um fundo de verdade, não é absoluto. Nossa vida é, de fato, influenciada por esses espaços de poder, especialmente com reformas que afetam a previdência e os direitos trabalhistas. No entanto, as eleições municipais também são cruciais, pois os prefeitos e vereadores eleitos se tornam cabos eleitorais para deputados nas próximas eleições. Além disso, as políticas públicas não são implementadas apenas a nível federal. Vivemos nas cidades, onde as decisões sobre transporte, saúde e educação são tomadas e financiadas. Portanto, a atuação nos municípios é vital para a nossa realidade cotidiana”.
Ele ressaltou ainda que “Então, o primeiro impacto das eleições municipais 2024 é a qualidade de vida nossa. E o segundo, que eu quero trazer, é o impacto das eleições municipais nas eleições de 2026, nas eleições nacionais. Os prefeitos e vereadores são sim os cabos eleitorais dos deputados. Aqui a gente não está citando partido político, nem agremiação A ou B. O que a gente está falando aqui é de voto consciente. a luta de classes existe e que no dia 6 de outubro é preciso que nós escolhamos vereadores e prefeitos comprometidos na luta de classes ao nosso lado, ou seja, ao lado da classe trabalhadora, porque do outro lado eles são muito poderosos. Então nós precisamos nos unir e escolher realmente candidaturas comprometidas com a classe trabalhadora.”, concluiu.
Sandra Dias, da Fenajufe, enfatizou que “É fundamental reforçar o que foi dito aqui. Trabalhador vota em trabalhador. Trabalhadora vota em trabalhadora. Isso é crucial, especialmente nas eleições para o poder legislativo. Muitas vezes, a sociedade foca nos cargos do Executivo. Mas como Vladimir ressaltou o legislativo também influencia significativamente o destino do país. A política neoliberal já reconheceu que o legislativo tem um papel importante na administração. Desde a escolha de conselheiros para o Conselho Municipal das Crianças, a atenção a essas eleições tem sido crescente. Embora servidores federais do PJU e do MPU possam pensar que as eleições municipais não impactam diretamente suas políticas remuneratórias ou serviços públicos, isso é um engano. O orçamento da União destina uma parte considerável aos municípios, que são responsáveis por áreas críticas como saúde, educação e meio ambiente”.
TRANSMISSÃO
A gravação da live está disponível aqui, para aqueles que quiserem assistir às discussões e reflexões apresentadas.