SINDIJUS-PR: Manifestação do Sindicato marca abertura do Ano Judiciário

O “Ano Judiciário” começa com Data-Base e Isonomia em pauta. Diretores do SindijusPR foram para as portas do Palácio da Justiça relembrar a administração do compromisso com a valorização dos servidores. Da entrada dos veículos, os representantes da categoria exibiam faixas cobrando o pagamento das reposições inflacionárias e as diversas reivindicações dos servidores.

Dia de solenidade oficial, nesta segunda-feira (29) o Tribunal de Justiça recebeu o vice-presidente do STF, Edson Fachin, e autoridades estaduais para abrir, oficialmente, as atividades do Judiciário. Os diretores subiram ao 12º andar para acompanhar a sessão solene e levar as pautas dos servidores.

“O nosso ano não acabou. Estamos presos em 2023, acumulando perdas salariais e pedidos sem resposta da administração e estamos aqui para cobrar atenção do TJPR com os seus servidores”, destacou a coordenadora-geral do SindijusPR, Andréa Ferreira.

Em seu discurso, o presidente Luiz Fernando Keppen afirmou que o Tribunal segue com foco na eficiência que levou a ser um dos tribunais mais premiados pelo CNJ. As falas das demais autoridades reforçaram a importância da Justiça.

Keppen destacou o aumento na produtividade de magistrados e servidores entre 2021 e 2023, e reforçou que esse desempenho reflete o comprometimento em fazer Justiça com agilidade e presteza à população paranaense. No período, magistrados atingiram 20%, servidores chegaram a 15% de aumento.

“O tempo médio de julgamento de um processo reduziu de 3 anos para 2 anos e 1 mês. Este esforço colaborativo de magistrados e servidores levou à premiação, pelo quarto ano consecutivo, pelo CNJ na categoria ouro”, comemorou Keppen.

Os dados apresentados pelo presidente Keppen sustentam a necessária valorização que os servidores buscam, em especial, o fim das perdas salariais. “Mesmo com desempenho de excelência, mencionado na abertura do Ano Judiciário, os servidores seguem sem respostas para suas principais reivindicações”, lembra Andréa.

Segundo as estimativas da assessoria econômica do SindijusPR, até maio, os servidores vão acumular mais de 8% de perdas salariais, somados os retroativos não pagos, mas que o Sindicato insiste receber, com a inflação 4,18% de 2023 e a previsão de 3,65% em 2024.

“Nossa pauta é extensa e não deixaremos de cobrar. O TJPR tem que entender que o desempenho da Justiça paranaense é reflexo do esforço dos servidores, ainda que não sejam devidamente valorizados. A nossa causa é justa”, destacou a coordenadora-geral.

Durante a solenidade, o Sindicato realizou novo protesto. Placas com reivindicações foram erguidas, ao final do discurso do presidente, pedindo Data-Base, reajuste do Extrajudicial, Isonomia, auxílio social para aposentados, respeito às equipes multidisciplinares e a valorização do nível superior.

Antes da sessão iniciar, as diretoras Carolina Nadolny e Daieniffer Cherini foram impedidas de entrar com as placas. A segurança do TJPR recolheu os materiais alegando a proibição estabelecida por instrução normativa. “O SindijusPR já está avaliando com os advogados as medidas contra esta prática antissindical. Impedir que representantes dos servidores entrem, distribuam ou se manifestem nas unidades judiciárias é um retrocesso”, afirma Andréa Ferreira.

Comments

comments