Coordenadora-geral da Fenajud participa de curso de Formação Sindical em Cuba

A atividade reuniu dirigentes sindicais de diversos países latino-americanos para debater temas ligados à classe trabalhadora.

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) esteve representada no 5º Curso de Formação de Instrutores Sindicais, na Escola Lázaro Peña, em Havana (Cuba), pela Coordenadora-geral, Arlete Rogoginski.

O curso, que ocorreu entre os dias 24 de abril e 02 de maio, foi convocado pela Confederação Latino-Americana e do Caribe de Trabalhadores Estatais (Clate) e contou com a participação de delegados e representantes sindicais de diferentes países, incluindo 19 dirigentes brasileiros.

Ao total, foram 40 horas de aulas e trocas de conhecimentos sindicais além de atividades como visitas a locais de trabalho, atos em homenagem aos trabalhadores, o Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba e o tradicional desfile do 1º de Maio, na Plaza de la Revolución, que devido ao mau tempo, foi transferido para sexta-feira, 05.

 

Os presentes puderam debater temas como os desafios do sindicalismo internacional; as transformações do mercado liberal; liderança política revolucionária. Além de questões como o bloqueio econômico a Cuba; à imposição do modelo neoliberal; os algorítmicos das big techs, que controlam o tráfego da informação em favor de discursos violentos, reacionários e antidemocráticos.

Segundo Arlete Rogoginski, o curso foi de extrema importância para a troca de experiências com os dirigentes sindicais locais e pela convivência com o povo cubano. “Um povo alegre, educado e acolhedor, apesar de todas as dificuldades que estão passando com os embargos impostos. Lá tivemos a oportunidade de visitar a Universidad Ciencias Médicas de La Habana – Instituto de ciências básicas Y Preclínicas ‘Victoria de Giron’, e conhecer um pouco sobre as políticas de atenção prioritária à saúde e educação, adotadas pelo governo desde a revolução”, destacou a coordenadora.

Ainda de acordo com a coordenadora-geral, “Junto com mais de mil companheiras e companheiros de todo mundo, no palácio das convenções, participamos de um ato em solidariedade a Cuba, denunciando os bloqueios ilegais e cruéis impostos ao povo cubano, pelos Estados Unidos”.

Há mais de 60 anos, os Estados Unidos impõem a Cuba, embargos absurdos, através de um conjunto de leis que impedem o governo cubano de comercializar com empresários estadunidenses, impondo barreiras de crédito e sanções a bancos ou países que decidam realizar transações econômicas com a ilha. Bancos, transportadoras, companhias de navegação marítima, seguradoras e empresas de logística em geral negam serviços a Cuba por medo de multa dos Estados Unidos. Essa perseguição encarece em até 30% a importação de combustível, por exemplo.

Arlete pontuou que durante o curso pode conhecer mais sobre a história de luta da classe trabalhadora de Cuba. “Na sede da Federação Sindical Mundial aprendemos um pouco sobre as leis locais de proteção aos trabalhadores, sua Constituição Federal e, em especial o Código de Trabalho Cubano, Lei 116/2014. Além disso, visitamos comunidades, lideranças locais e aprendemos um pouco mais sobre sua forma de organização, baseada no diálogo e na partilha de experiências. Uma curiosidade que me chamou atenção foi a forte presença de música em vários ambientes. Vimos apresentações musicais de alunos; em motocicletas as caixas de som são adaptadas; no transporte coletivo tem música e as crianças são incentivadas a participarem de aulas de canto e instrumentos desde cedo. Foi uma experiência muito rica e altamente reflexiva”, salientou.

No último dia de evento os participantes debateram “Os Desafios da Classe Trabalhadora no Mundo Contemporâneo”. Na oportunidade o Diretor Jurídico da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), Eduardo de Souza Maia, realizou discurso em solidariedade ao povo cubano e elencou os desafios que merecem ser superados.

 

 

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