Fenajud reúne sindicatos e debate atuação frente às ações antidemocráticas e ao teletrabalho

A atividade ocorreu por meio de videoconferência. A reunião contou também com a participação do especialista Dr. Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, que promoveu uma análise de conjuntura sobre os atos antidemocráticos ocorridos no país.

Dirigentes da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) e dos sindicatos de base da entidade se reuniram, de forma remota, na quinta-feira (26). A reunião teve como foco debater dois temas que podem impactar diretamente a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores do Poder Judiciário brasileiro, em especial da justiça estadual: as ameaças à democracia ocorridas no ato golpista de 08 de janeiro e a Resolução 481/22, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina o retorno de 70% dos servidores ao trabalho presencial. A reunião do CR contou com a presença de cerca de 50 pessoas.

Na primeira mesa os participantes ouviram a análise de conjuntura feita pelo Dr. Florisvaldo Fier, conhecido também como Dr. Rosinha. Em sua explanação o especialista fez um resgaste histórico e citou como o avanço do capitalismo fortaleceu as narrativas golpistas e as ações, como as de 8 de janeiro, quando centenas de criminosos sucatearam prédios públicos em Brasília em uma clara tentativa de Golpe de Estado.

Em sua fala, o Dr. Rosinha citou como essas pessoas passaram a se aglutinar em grupos e promover ataques contra instituições consolidadas e ao Estado Democrático de Direito.

Entre outras coisas, ele citou o crescimento dos canais de comunicação dessa parcela da população e o papel fundamental dos sindicatos para barrar esse tipo de postura antidemocrática no país. “Temos que enfrentar a extrema direita que está inserida na sociedade. E isso ocorre com o poder do Estado, mas não só o poder punitivo. É preciso fazer um enfrentamento com características educacionais, culturais e com a participação das organizações da sociedade civil, e nisso entra a atuação dos sindicatos, que precisam debater política com suas bases e mostrar os efeitos negativos desse tipo de conduta”, disse Rosinha.

TELETRABALHO

Na segunda parte do debate a Federação levou ao centro da pauta a Resolução 481/2022 do CNJ. A discussão ocorreu na mesa “Quais as vantagens e desvantagens dessa modalidade para os trabalhadores?”. Os dirigentes apresentaram um balanço das ações, falaram sobre como a entidade tem atuado e como tem sido feito o trabalho político, sindical e jurídico junto ao órgão.

Feito isso, os coordenadores abriram espaço para que os sindicatos sugerissem propostas. Essas foram votadas pelas entidades participantes e definidos alguns encaminhamentos que serão colocados em curso já na próxima semana, quando deverá ocorrer a reunião no gabinete do conselheiro Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, no CNJ.

Entre as ações, definiram que a Federação levará seu posicionamento em relação ao tema e buscará consenso quanto aos efeitos da resolução. A entidade pleiteará também uma vaga para representar as servidoras e os servidores no Grupo de Trabalho do Conselho, visto que é de extrema e fundamental importância que a categoria seja ouvida.

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