Clube de Leitura de Mulheres Sindicalistas da Fenajud inicia encontros

Dirigentes irão se reunir virtualmente sempre na segunda quarta-feira de cada mês, às 19h. Inscrições seguem abertas para novas participantes. Projeto seguirá ao longo do ano de 2022.

A Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) decidiu inovar neste ano de 2022 e deu início ao primeiro Clube de Leitura de Mulheres Sindicalistas da entidade, por videoconferência, via Plataforma Zoom. O primeiro encontro aconteceu na noite desta quarta-feira (09), às 19h, e reuniu o total de 20 mulheres, de 9 estados diferentes. O projeto foi gerado na coordenação de Gênero, Etnia e Geracional.

A atividade vai permanecer durante todo o ano de 2022, segundo a coordenadora da pasta, Ana Carolina Lobo. Aquelas dirigentes que tiverem interesse em participar das próximas rodadas no clube podem se inscrever por meio do Google Forms, aqui.

Ana Carolina fez um relato do primeiro dia e conta que, “iniciamos o Clube de Leitura com a apresentação sucinta de cada mulher, onde comentaram de onde eram, quais entidades estavam ali presentes e como cada uma se aproximou do sindicalismo. Depois dessa fase inicial, debatemos o prefácio, da deputada Talíria Petrone, e a introdução da obra literária proposta. Debatemos com ênfase para os aspectos que mais nos chamaram atenção na leitura, especialmente a necessidade de construir um feminismo que olhe mais para as mulheres, de forma anticapitalista, antirracista.”.

“Destacamos ainda a importância de se criar esse tipo de espaço, dentro do movimento sindical, para que as mulheres se sintam seguras em se expressar. Muitas vezes, devido aos ambientes serem muito cheios de homens, com vários comportamentos machistas, as mulheres acabam se sentindo inibidas em falar. E o fato de ser um espaço seguro, onde só há mulheres, onde se pode construir uma confiança, um espaço sem julgamentos, permite que todas se expressem. As mulheres precisam disso, um local que possam debater, se qualificar e se expressar sem julgamento”, pontua.

Primeira obra

O primeiro livro que tem sido estudado é a obra “Feminismo para os 99%”, de Cinzia Arruzza, Nancy Fraser e Tithi Bhattacharya. A obra foi escolhida por tratar do feminismo que abarca diversas questões sociais, com um olhar classista e interseccional para feminismo e raça, classe, meio ambiente, entre outros debates.

Sobre as autoras

Tithi Bhattacharya é professora e directora do departamento de Estudos Globais na Universidade de Purdue. Foi, com Cinzia Arruzza, uma das principais organizadoras da Marcha Internacional das Mulheres nos Estados Unidos e faz parte do comité editorial do periódico International Socialist Review.

Nancy Fraser é professor de Filosofia e de Política na New School for Social Research. Umas das maiores apoiantes da Marcha internacional das Mulheres, é dela a expressão «feminismo para os 99%».

Cinzia Arruzza foi uma das principais organizadoras da Marcha Internacional das Mulheres nos Estados Unidos. Além de professora de Filosofia na New School for Social Research, é ainda membro do colectivo editorial Viewpoint Magazine.

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