A deputada federal, Talíria Petrone (PSol), tem sofrido graves consequências e retaliações, com seguidas ameaças de morte no Rio de Janeiro, por defender as minorias e por discordar de grupos políticos nacionais. De forma inacreditável, Talíria está impedida de retornar a sua casa no estado carioca, junto de sua filha de apenas cinco meses, após receber mensagens com teor violento. Para a Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) essa situação é inaceitável.
A Federação verificou que por repetidas vezes a parlamentar solicitou oficialmente escolta ao governo do Estado do Rio de Janeiro e à Presidência da República, mas sem sucesso. Em setembro, a deputada do PSOL acionou a Organização das Nações Unidas (ONU) para pedir proteção após não receber ajuda tanto do governo federal como do governo estadual.
A jovem deputada é uma das representantes mais ativas dentro da estrutura da Câmara dos Deputados. Para a Fenajud é inadmissível que a deputada, eleita pelo povo, representante das mulheres negras, da juventude e combativa deixe de ter proteção adequada por questões inexplicáveis por parte do Executivo.
Independente de posicionamento político ou pautas de luta, ela é uma representante do povo, mulher, mãe, e voz ativa por milhares de pessoas. Por este motivo, a entidade cobra publicamente uma investigação séria e eficiente para elucidar os fatos e responsabilizar aqueles que de fato merecem ser penalizados.
Por fim a entidade se solidariza com Talíria. Reafirma seu repúdio a qualquer tipo de violência ou discurso de ódio. Declara ser contra a violência racista que tanto tem violado a democracia e ressalta a luta por um país mais justo, de todas e todos.