O ato tem acontecido de forma pacífica e é organizado pelo Sindju-PA, que representa a categoria. Coordenador de Formação Sindical, Bernardino Fonseca, acompanhou atividade.
Desde a última terça-feira (20), os trabalhadores do judiciário paraense seguem em greve. A decisão de realizar o movimento paredista foi tomada após várias tentativas de diálogo, sem êxito, com a administração do Tribunal de Justiça do Pará, para que a mesma revisse as perdas salariais sofridas pela categoria, além de reconsiderar outras reivindicações. A Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), que atua em todo território nacional, se faz presente no ato com o intuito de fortalecer e apoiar o ato da categoria. O coordenador presente no estado é Bernardino Fonseca, responsável pela formação sindical da Federação. O ato tem acontecido de forma pacífica, e é organizado pelo Sindju-PA, que representa a categoria.
Em Belém, vários pontos estratégicos foram montados para recepcionar os colegas que aderiram à greve, como no Fórum Cível e Fórum Criminal. No interior do Pará, servidores se mobilizaram em suas comarcas, aderindo ao movimento, como ocorreu em Ananindeua, Castanhal, Barcarena, Bragança, Breves, Curralinho, Inhangapi, Goianésia, Marituba, Novo Progresso, Oeiras do Pará, Ourilândia do Norte, Santa Izabel, Paragominas, Redenção e Vigia. Os servidores do judiciário também contaram com o apoio de outros movimentos, e da deputada estadual, Marinor Brito (PSOL), que na oportunidade, manifestou apoio à categoria.
Bernardino aponta que “os trabalhadores do Judiciário Paraense estão mobilizados em defesa de seus direitos constitucionais. A Fenajud se faz presente no ato por acreditar que a greve é válida e legítima. Diante da falta de diálogo com a presidência do Tribunal de Justiça do Estado, nossa atuação se faz necessária também no sentido de apoiar o sindicato e a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Pará.”, disse.
“Os servidores tiveram que entrar em greve em defesa de um direito que está sendo negado, que é um direito de não ter o seu salário reduzido. Ao não dar a reposição inflacionária, na prática ele está reduzindo o nosso salário. Nós já estamos nessa situação desde 2016, e a categoria entendeu que não é mais possível darmos continuidade a isso. Tivemos que recorrer à greve porque não houve, da parte da administração, uma proposta que contemplasse as nossas perdas, os nossos direitos”, explicou o presidente do Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Estado do Pará, Thiago Lacerda.
A categoria, que está em greve, por tempo indeterminado, está aberta a novas propostas que possam atendê-la de forma justa. “Esperamos que o Tribunal repense a sua posição, volte para a negociação com uma nova proposta que possamos aceitar. Nossa intenção não é causar prejuízos, mas garantir nossos direitos, efetivamente”, concluiu o presidente do Sindju-PA.