Atividade, que está em sua sexta edição, aconteceu entre os dias 16 e 18 de agosto em Petrópolis (RJ), com o tema “O lugar do servidor no modelo de gestão do TJRJ”. O coordenador da Secretaria-Geral, Dionizio Souza e o Coordenador de Política Sindical e Relações Internacionais, Ednaldo Martins, participaram do evento em nome da Fenajud.
Durante três dias, de 16 a 18 de agosto, trabalhadores e trabalhadoras da justiça estadual, dirigentes sindicais e especialistas debateram temas importantes no âmbito do 6º Congresso do Sindjustiça-RJ sobre a atual conjuntura política e social do país. A atividade, promovida pelo sindicato fluminense, tratou sob temas específicos e vulneráveis à categoria. Os dirigentes da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), Dionizio Souza e Ednaldo Martins, coordenador da Secretaria-Geral e coordenador de Política Sindical e Relações Internacionais, respectivamente, ministraram a palestra “Os desafios para organização dos trabalhadores do Judiciário estadual”.
Na ocasião, Dionizio falou sobre os caminhos para o fortalecimento do movimento sindical, onde abordou a a formação política e sindical, a importância da comunicação contra os retrocessos e sobre a democratização do judiciário como pontos estratégicos. Além disso, ele engrandeceu a importância deste Congresso, realizado pelo Sindjustiça-RJ, com discussões significativas que interferem diretamente na vida dos trabalhadores e trabalhadoras do estado.
“O evento realizado pelo Sindjustiça-RJ foi muito bem organizado. Tivemos uma alta representatividade, com pessoas vindas tanto do interior, quanto da capital. O sindicato, mais uma vez, cumpriu seu papel de levar formação e organização para a categoria. Parabenizo toda direção da entidade, por este momento ímpar.”
Já em sua fala, Ednaldo fez uma discussão sobre os grandes desafios que estão postos aos trabalhadores e as trabalhadoras do judiciário no Brasil e como a categoria poderá vencê-los. O coordenador fez uma análise da conjuntura política e a influência do setor econômico, como as reformas neoliberais, sobre a classe trabalhadora. Ele citou a importância de se realizar o enfrentamento contra as ações que prejudicam a categoria.
Ednaldo relembrou ainda as propostas que que tramitaram ou tramitam ainda no Congresso e nos demais Poderes, que podem afetar direta ou indiretamente os trabalhadores que atuam no Poder Judiciário. O coordenador lembrou da PEC do teto dos gastos, da reforma trabalhista, da redução salarial dos trabalhadores do serviço público, da reforma da Previdência e outras.
Debates
No sábado, os serventuários acompanharam o Painel 2 “Saúde e condições de trabalho” as palestras: “Relações de trabalho no serviço público: saúde x produtivismo”, ministrado pela professora doutora Elisete Soares Traesel, da Universidade Federal Fluminense (UFF). No mesmo dia a categoria ; e “Gestão produtivista e novas tecnologias: impactos na qualidade de vida do servidor do Judiciário”, ministrada por Mara Rejane Weber, ex-coordenadora de Imprensa e Comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), às 10h30.
Na parte da tarde teve o Painel 3: “Organização Sindical”, com as palestras: “A comunicação como ferramenta da defesa de direitos”, de Guilherme Mikami, cientista político, jornalista e diretor da agência Abridor de Latas Comunicação Sindical.
Antes disso, ainda no primeiro dia de atividade, o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Jessé Souza, proferiu uma palestra por videoconferência, com o título “Quem somos nós? Entendendo nossa conjuntura pelo viés da subcidadania brasileira”. O especialista fez uma reflexão, cuja abordagem foi voltar à escravidão para entender o assunto da defasagem do trabalhador. “Hoje, a escravidão continua no Brasil com novas máscaras no cotidiano de 70%, 80% da população brasileira”, afirmou o autor de 27 livros, entre eles “Subcidadania brasileira”.
A abertura foi realizada pelo diretor-geral do Sindjustiça-RJ Aurélio Lorenz, que ressaltou a importância do Congresso como um espaço democrático e também destacou a importância de a categoria manter a unidade e a unicidade, que são elementos que dão bases para que o Sindjustiça-RJ seja um dos sindicatos mais fortes e representativos no estado do Rio de Janeiro. Ele reafirmou o compromisso do sindicato com todos os segmentos de serventuários do Judiciário fluminense, incluindo oficiais de Justiça, psicólogos, assistentes sociais e comissários, além de técnicos e analistas que encontram no sindicato um amparo às suas demandas.