Fenajud e Sindicatos fazem atos contra reforma da Previdência nesta terça (06)

Manifestações aconteceram em Brasília e em alguns estados. Primeiro protesto do dia foi realizado no Aeroporto JK, logo em seguida foi a vez da Câmara dos Deputados receber o grupo contrário à proposta.

A reforma da Previdência foi aprovada em primeiro turno na Câmara em julho, mas a votação em segundo turno, que é obrigatória, ficou para esta semana. Com isso, trabalhadores do Judiciário e outras categorias amanheceram o dia no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek (Brasília), onde realizaram na manhã desta terça-feira (06) uma manifestação pacífica contra a PEC 06/2019. Durante o ato os participantes pressionaram os deputados que chegavam à Capital para a sessão. A concentração foi convocada pela Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) e pela Fenajufe (Federação do Judiciário Federal e MPU).

De acordo com especialistas, o projeto instaura medidas que prejudica substancialmente a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras do país. Entre os pontos questionados pelos sindicatos está a idade mínima para aposentadoria, a transição e o prazo mínimo de contribuição.

O ato teve início pontualmente às 7 horas da manhã. Sindicatos filiados à Fenajud compareceram ao terminal para receber os deputados e as deputadas, vindos de suas bases. Os dirigentes fizeram um trabalho de abordagem e mostraram quão nociva a proposta é para a classe trabalhadora. Durante o ato, foram levantados banners, bandeiras, faixas e argumentos para lutar contra a reforma da Previdência. Outras manifestações ocorreram em aeroportos de outras capitais do país.

Participaram pela Fenajud, a coordenadora-geral, Sandra Silvestrini; o coordenador-geral Janivaldo Nunes e o coordenador de Assuntos Jurídicos, Wagner Ferreira. Estavam ainda presentes, o Serjusmig; o Sinjus-MG; o Sindjustiça-CE, Sindijustica-RJ e Sinsjusto, representados por seus dirigentes.

Mobilização na Câmara

A Câmara dos Deputados retomou as atividades, e para recepcionar os parlamentares na Casa, entidades sindicais de diferentes categorias se uniram na entrada do Anexo II, na tarde desta terça (06). O principal objetivo do grupo era dialogar com deputados e deputadas para, assim, impedir que a proposta seja aprovada em segundo turno. Os sindicatos apontaram, durante o ato, os prejuízos para os trabalhadores e as trabalhadoras do país.

De acordo com estudos feitos por órgãos competentes, “a proposta continua retirando direitos do povo brasileiro e inviabilizando a aposentadoria de milhões, além de ser um verdadeiro retrocesso”.

Votação confirmada

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que a votação do segundo turno da reforma da Previdência terá início ainda hoje e deve acabar até a noite de quarta (07). A intenção de Maia é enviar a proposta para o Senado Federal ainda nesta quinta-feira (08).

Entre os temas em discussão no plenário, além dos requerimentos de obstrução da oposição, está a quebra de interstício – ferramenta regimental prevista para pular o intervalo de cinco sessões entre a primeira fase e a segunda de votação na Casa.

Ato dia 13 de agosto

As centrais sindicais convocaram ato para o dia 13 de agosto, o chamado Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência. As manifestações serão engrossadas pela da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), em defesa da educação e contra os cortes promovidos na área.

Reforma que custa caro

A Casa Civil enviou ao Congresso Nacional uma mensagem presidencial pedindo para liberar um crédito extra de pouco mais de R$ 3 bilhões. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na tarde de hoje (6). Os recursos, segundo a imprensa, é para honrar o pagamento de emendas parlamentares e conseguir avançar com a reforma da Previdência.

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