STF: revisão anual de salários do funcionalismo será debatida na próxima semana

Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, informou que assunto será pautado na próxima semana. Coordenador da Fenajud, Marco Velleda, e assessor jurídico da entidade, Arão Gabriel, estiveram na Corte  para acompanhar o Processo.

 

A luta não para. Prova disso é que os trabalhos da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), na capital federal, seguem a todo vapor. Durante toda esta quarta (20) e quinta (21) o coordenador regional Sul, Marco Velleda, esteve no STF (Supremo Tribunal Federal), mobilizado, para acompanhar a sessão do Supremo Tribunal Federal que deveria ter retomado o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 565089. O advogado da entidade, Arão Gabriel, também esteve no local para acompanhar o julgamento, que ainda não ocorreu.

O processo trata sobre o direito de servidores públicos a indenização por não terem sido beneficiados por revisões gerais anuais em seus vencimentos. O julgamento do tema específico estava parado desde 2014 – por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

A questão envolve especificamente o caso de servidores públicos do Estado de São Paulo, mas o Supremo reconheceu repercussão geral e no julgamento será firmada uma tese para ser aplicada pelas demais instâncias da Justiça.

Inicialmente, na quarta (20), o RE estava listado como terceiro item da pauta. Mas por determinação de última hora da ministra Cármen Lúcia outros dois processos foram incluídos, jogando a ação da revisão anual de salários para a quinta posição. Isso prejudicou ainda mais a possibilidade de retomada da julgamento da matéria, que acabou adiado para esta quinta-feira, 21, como sexto item. Porém, a ministra reiterou hoje que na próxima semana o debate será levantado na Corte.

Para Velleda, “o debate na Suprema Corte sobre a revisão geral no RE 565089 é de fundamental importância para todos os trabalhadores. Hoje a categoria amarga perdas inflacionárias a cada ano. A Fenajud permanecerá na luta, junto com a FENAJUFE (Federação Nacional Dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) para que em breve esta matéria seja julgada, com resultado favorável aos trabalhadores. Podemos afirmar que juntos somos mais fortes. Na próxima semana a Federação permanecerá atenta às movimentações na Corte”.

Votos

 O caso tem dividido o STF. Votaram pelo direito à indenização os ministros Marco Aurélio (relator), Cármen Lúcia e Luiz Fux. Contra esse entendimento se manifestaram os ministros Roberto Barroso, Teori Zavascki (sucedido por Alexandre de Moraes), Rosa Weber e Gilmar Mendes. Além de Toffoli, ainda restam os votos de Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

O relator do processo, ministro Marco Aurélio Mello, já declarou seu voto favorável – proferido desde o início do julgamento – e pontuou ser fundamental manter o poder de compra dos salários de todo o funcionalismo, motivo pelo qual considera importante uma solução para a questão.

 

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