Três dirigentes, além de trabalhadores e trabalhadoras da base, do judiciário estadual estiveram reunidos com a categoria no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Para reforçar a greve dos petroleiros contra o preço do gás de cozinha e dos combustíveis, dolarização da economia do país, pela demissão do presidente da Petrobras, Pedro parente, e contra os desinvestimentos e vendas de ativos, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) – por meio dos coordenadores, Alexandre Santos, Bernadino Fonseca e Marco Velleda – esteve em duas manifestações, no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. As atividades começaram às 6h, desta quarta (30).
Para a categoria, a disparada dos preços se deve à política implantada por Michel Temer e Pedro Parente que submetem o país, autossuficiente em petróleo, às variações e interesses do mercado internacional.
O coordenador da regional Sul da Fenajud, Marco Velleda, disse que a importância da participação da Fenajud, passa pelo apoio e a solidariedade de classe. “Estamos presentes para levar nossa posição contra um judiciário que não está a serviço dos trabalhadores, referente à decisão do TST em condenar a greve abusiva, com o montante de um milhão por dia. Esta greve não é por remuneração, mas sim para defender os trabalhadores e trabalhadoras de todo país, pelos reajustes abusivos e pela defesa de uma Petrobras 100% pública. Fora temer e fora Parente. Hoje estarei novamente no ato com os companheiros metalúrgicos”. No Rio Grande do Sul, além de Veleda, estiveram ainda dois trabalhadores da base do judiciário estadual Riograndense, Fabiano Zalazar e Rosane Bittencourt.
No Rio Grande do Norte, na sede da Petrobras em Natal, participaram os diretores Bernardino Fonseca e Alexandre Santos. Durante o ato, os coordenadores da Fenajud fizeram falas sobre a greve dos petroleiros, levando o total apoio da Federação e enfatizando a união das categorias neste momento difícil do país.
“Deixamos claro que apoiamos o ato porque os pontos que estão na pauta dialoga com a sociedade, que é a redução do preço do gás de cozinha e gasolina. A situação está insustentável. A população está pagando caro pelo golpe que foi dado no Brasil. Diante disso, a Federação fez questão de estar presente no ato pela Petrobrás, que é um patrimônio nacional e os petroleiros é patrimônio da classe trabalhadora”, declarou Alexandre Santos.
Bernardino Fonseca enfatizou a participação da Federação na atividade. “A Fenajud vem prestar solidariedade e integrar-se na luta dos petroleiros, em defesa da Petrobrás como patrimônio do povo brasileiro e contra a política entreguista que só penaliza a população brasileira, implementada pelo governo ilegítimo”.
Dados alarmantes
A alta do preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg, que chega a R$ 180,00 neste mês, fez com que mais de 1,2 milhão de brasileiros passassem a utilizar lenha e carvão para suas refeições, atingindo 17,6% dos lares brasileiros.
O Nordeste foi a região que mais sentiu o aumento dos preços. Mais de 400 mil casas tiveram de voltar a preparar os alimentos por meio de lenha e carvão, totalizando 24,1% dos domicílios da região. Os dados são do PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio) 2017 do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia).
Em 2017, a Petrobras mudou a metodologia de reajuste e começou a repassar com mais frequência as variações nos preços. No ano passado, o preço do gás subiu 16%, cinco vezes mais que a inflação.