Fenajud participa de Fórum Social Mundial em Salvador

Evento começou nesta terça (13) e segue até sábado (17). Os coordenadores da Federação Nacional dos Trabalhadores nos Estados, Dionizio Souza e Adriana Pondé, participarão das atividades na capital baiana. É esperada a presença de mais de 60 mil pessoas para debater os ataques à democracia no Brasil.

Com o tema central “Povos, Territórios e Movimentos em Resistência”, e o slogan “Resistir é criar, resistir é transformar”, o Fórum Social Mundial (FSM) contará com a participação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), por meio dos coordenadores, Dionizio Souza e Adriana Pondé. O evento, que acontece em Salvador (BA), é uma plataforma de resistência contra os retrocessos e os ataques à democracia no Brasil. Criado em 2001, em Porto Alegre, o FSM 2018 teve início nesta terça (13) e segue sábado (17).

O FSM é uma iniciativa da sociedade civil organizada que tem como objetivo promover o encontro democrático, plural e de resistência com o objetivo de incentivar debates, aprofundar a reflexão coletiva, troca de experiências e a constituição de coalizões e de redes entre os movimentos da sociedade civil e organizações comunitárias que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do capital.

Para o coordenador da Secretaria-Geral, Dionizio Souza, “O Fórum Social mundial é uma experiência única do movimento social, sindical e de todas as forças progressistas do mundo, ele acontecer nesse momento de ruptura democrática no Brasil é muito simbólico e nós Fenajud – entidade que representa mais de 100.000 trabalhadores do judiciário brasileiro – precisamos estar inseridos, debater a conjuntura nacional, fortalecer o movimento sindical na luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores que vem sendo atacados desde que começou o golpe de estado em 2015. A palavra de ordem é resistência!”.

Adriana Pondé, coordenadora de Imprensa da Fenajud, acredita que “É de suma importância a participação da Federação no FSM, assim como a de todos os dirigentes sindicais e movimentos sociais, pois está sendo discutido o futuro do nosso país e de toda a classe trabalhadora. Precisamos estar unidos e conectados para continuar o enfrentamento ao Golpe.”

Com mais de 1.500 coletivos, organizações e entidades cadastradas, e em torno de 1.300 atividades autogestionadas inscritas, o Fórum Social Mundial reunirá representantes de entidades de países como Canadá, Marrocos, Finlândia, França, Alemanha, Tunísia, Guiné, Senegal, além de países sul-americanos e representações nacionais.

Com programação vasta e diversificada, o evento terá como território principal o Campus de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além de outros locais da capital baiana, como o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário da cidade. Segundo os organizadores, são esperadas cerca de 60 mil pessoas, de 120 países, reunidas para debater e definir novas alternativas e estratégias de enfrentamento ao neoliberalismo, aos golpes e genocídios que diversos países enfrentam na atualidade.

Entre as presenças confirmadas estão a dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Fernando Lugo, do Paraguai, e José Mujica, do Uruguai. Também participarão o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, a militante indígena e pré-candidata à vice-presidência pelo Psol Sônia Guajajara, a presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), Lorena Peña, e o filósofo do Congo Godefroid Ka Mana Kangudie.

 

*Confira a Programação:*

 

Assembleias,Tribunais e Marchas

 

Terça 13

 

Já tradicional desde o primeiro FSM, o evento deste ano se inicia na terça, a partir das 15h, com a Marcha de Abertura. O percurso sairá da praça do Campo Grande, passando pela Avenida Sete, até a Praça Castro Alves, conhecida como “Praça do Povo”, palco de grandes manifestações de luta e resistência baiana. Ali será montado um palco para apresentações culturais, performances artísticas e musicais.

 

No mesmo dia, às 11h, integrantes do Coletivo Brasileiro do Fórum Social Mundial 2018 e do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial darão uma entrevista coletiva.

 

Quarta 14

 

Pela manhã, será realizado o Tribunal contra os Despejos, na Faculdade de Arquitetura da UFBA.

 

Às 9h, ocorre o Tribunal Popular para Julgamento dos Crimes de Feminicídio contra as Mulheres Negras, no auditório do IFBA; à tarde, a partir das 14h, Marcha das Mulheres Contra o Racismo, com concentração no Largo do Campo Grande; no mesmo horário será realizada a Assembleia Mundial da Juventude, no Acampamento Intercontinental das Juventudes, que será montado no Parque de Exposições de Salvador.

 

Quinta 15

 

Às 17h, ato em Defesa da Democracia, no Estádio de Pituaçu, com as presenças dos ex-presidentes Lula, Dilma, Lugo (Paraguai) e Mujica (Uruguai).

 

Sexta 16

 

Assembleia Mundial dos Povos, Movimentos e Territórios em Resistência, às 14h, no Acampamento dos Povos Indígenas, no Centro Administrativo da Bahia

 

Sábado 17

 

Pela manhã, será realizada a Ágora dos Futuros, com a apresentação dos resultados das atividades do FSM, na Praça das Artes, campus de Ondina da UFBA.

 

Assembleia Mundial das Mulheres

 

Na manhã de sexta (16), a Assembleia Mundial das Mulheres será a única atividade na programação oficial do FSM, com possibilidade de acontecer no centro histórico de Salvador. A exclusividade tem como objetivo garantir que as mulheres com outras agendas políticas no Fórum estejam liberadas para debater questões de gênero, pautas feministas e lutas das mulheres, como a criminalização do aborto, o feminicídio, o combate contra a violência da mulher e o machismo, entres outras.

 

Acampamento Intercontinental da Juventude

 

Mais do que um alojamento, o acampamento da juventude é um local para debates e discussões políticas. Nesta edição, ocupará o Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador, a partir deste domingo (11) até o próximo (18), com capacidade para receber cerca de 6 mil jovens. Atos, shows e assembleia farão parte das atividades do Acampamento Intercontinental da Juventude (AIJ), que terá ainda uma vila gastronômica da economia solidária, palcos para apresentações culturais e debates.

 

 

 

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