Com a participação de Danyelle Martins, coordenadora da Regional Norte, a Entidade se junta a movimento de 62 países e reforça luta por justiça climática e defesa da Amazônia.
A Cúpula dos Povos acontece em Belém (PA), com uma barqueata pela Baía do Guajará que reuniu milhares de manifestantes em defesa da Amazônia e da justiça climática. O ato marcou a abertura oficial do evento, que ocorre paralelamente à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), reunindo mais de mil movimentos sociais e organizações populares de 62 países. A Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) está presente na mobilização por meio da coordenadora da Regional Norte, Danyelle Martins, que participa das atividades representando a entidade e reafirmando o compromisso da entidade com a justiça ambiental, a defesa dos direitos humanos e da soberania dos povos.
Cerca de 200 embarcações participaram da barqueata, que percorreu aproximadamente 12km entre a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Vila da Barca, uma das áreas mais vulneráveis de Belém. O percurso foi marcado por cantos, faixas e mensagens de resistência das comunidades que vivem nas águas e florestas
amazônicas. Entre as lideranças presentes estavam o cacique Raoni Metuktire e a ativista Alessandra Korap Munduruku, que chegaram à capital paraense depois de mais de 3.000 quilômetros percorridos na “Caravana da Resposta”. O grupo defende que o enfrentamento à crise climática deve ter como prioridade a proteção dos povos tradicionais e de seus territórios, frequentemente ameaçados pelo avanço do agronegócio e de grandes projetos econômicos.
A programação da Cúpula dos Povos segue até o próximo domingo (16), com atividades na UFPA e a participação de cerca de 15 mil pessoas credenciadas. O evento é organizado em seis eixos temáticos — entre eles, justiça climática, transição justa e direitos territoriais — e contará com mais de 200 atividades paralelas conduzidas por movimentos nacionais e internacionais. Inspirada em experiências como a Rio-92, a Cúpula se apresenta como um contraponto às negociações oficiais da ONU, priorizando debates sobre vidas, direitos e territórios, em vez de metas e números.
Carta de Declaração dos Povos
Durante os próximos dias, os participantes irão construir coletivamente a “Carta de Declaração dos Povos”, documento que reunirá propostas e reivindicações da sociedade civil. O texto será entregue ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, em audiência pública ao final do encontro.
O encerramento, previsto para domingo (16), incluirá um “banquetaço” na Praça da República, com alimentos da agricultura familiar, simbolizando o compromisso com a soberania alimentar e a dignidade dos povos da Amazônia.
Para os organizadores e participantes, a Cúpula dos Povos representa uma resposta concreta à inércia dos governos diante da crise ambiental e reafirma a urgência de um novo modelo de desenvolvimento baseado na justiça social, ambiental e na valorização das comunidades tradicionais.
“A presença da Fenajud neste espaço é imprescíndivel. Participar deste debate é reafirmar o papel da Fenajud na luta por um planeta mais justo, igualitário e sustentável, em que a vida e os direitos das pessoas sejam de fato respeitados”, destacou Danyelle Martins, coordenadora da Regional Norte da Fenajud.
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