O Corregedor-Geral da Justiça de Goiás, Desembargador Leandro Crispim, acolheu requerimento formulado pelo SINDJUSTIÇA (Proad nº 202404000503578) autorizando a possibilidade de registro de denúncias anônimas junto à Central de Atendimento da Corregedoria (CAC). Com a decisão, a Corregedoria passará a aplicar técnicas de anonimização, garantindo o sigilo das informações recebidas e protegendo a identidade dos denunciantes.
A CAE já conta com um sistema que possibilita o recebimento de denúncias, similar à Ouvidoria, mas agora incluirá a opção de anonimato automático. Essa tecnologia permite que dados identificadores sejam removidos diretamente no sistema, eliminando a necessidade de intervenção humana e prevenindo a criação de processos administrativos que viessem a comprometer a confidencialidade das informações.
“A iniciativa é essencial para garantir um ambiente seguro para os Servidores Ressaltamos a sensibilidade do Desembargador Leandro Crispim, com a criação de um canal confidencial para o relato de situações diversas, dentre elas os casos de assédio, que impactam enormemente a saúde e o bem-estar no trabalho”, destaca Fabrício Duarte, presidente do SINDJUSTIÇA. “A medida é um avanço na promoção de ações preventivas que auxiliem a reduzir o número de afastamentos por questões de saúde física e mental, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e seguro para todos”, completa.
A possibilidade de denúncia anônima de casos de assédio moral, sexual e de toda forma de preconceito e discriminação no âmbito do Poder Judiciário goiano foi uma das tônicas da campanha REAJA!, criada pelo SINDJUSTIÇA no ano de 2023. De lá para cá, vários debates têm sido realizados com o objetivo de conscientizar os Servidores em relação a temas como racismo, misoginia, LGBTFobia, assédio, entre outros. E uma das principais solicitações das vítimas é justamente o direito de manterem-se no anonimato, sem que sua denúncia seja descredibilizada.