Série revela desafios invisíveis na saúde dos trabalhadores da justiça: assédio moral em destaque

Nesta semana, a Fenajud – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados e os sindicatos filiados, deram início a uma iniciativa corajosa: uma série de relatos reais e anônimos, provenientes de diferentes partes do país, que levantam a preocupante situação das trabalhadoras e dos trabalhadores da justiça, não apenas abordam o ambiente de trabalho, mas também tocam em algo fundamental na vida de qualquer pessoa: sua saúde. Nesta semana o tema principal é o assédio moral que muitas vezes permanece às sombras e passa despercebido nos tribunais pelo país.

E você sabe o que é o assédio moral? No site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é definido da seguinte forma: “toda conduta abusiva, a exemplo de gestos, palavras e atitudes que se repitam de forma sistemática, atingindo a dignidade ou integridade psíquica ou física de um trabalhador”.

Exemplos:

• Contestar ou criticar constantemente o trabalho da pessoa
• Sobrecarregá-la com novas tarefas ou deixá-la propositalmente no ócio, provocando a sensação de inutilidade e incompetência
• Ignorar deliberadamente a presença da vítima
• Divulgar boatos ofensivos sobre a sua pessoa
• Dirigir-se a ela aos gritos
• Ameaçar sua integridade física
Fonte: Gov.br

Consequências que o assédio moral pode trazer:

• Diminuição da autoestima do servidor
• Desmotivação
• Produtividade reduzida
• Rotatividade de pessoal
• Aumento de erros e acidentes
• Absenteísmo
• Licenças médicas frequentes
• Exposição negativa do nome do órgão ou instituição.
Fonte: Gov.br

A invisibilidade dessas situações é um desafio significativo. Muitas trabalhadoras e trabalhadores enfrentam penalizações sem que a sociedade esteja plenamente ciente. É importante direcionar a atenção para a necessidade de ações preventivas, acolhimento e responsabilização, visando evitar a perda de vitalidade e capacidade produtiva desses profissionais.

Denúncia

Os assédios moral e sexual, que ferem o princípio da dignidade humana, têm crescido no Brasil e afetado a saúde física e mental de milhares de trabalhadores. Apesar do medo de se expor e de represálias, há registros do aumento de denúncias nos órgãos e na Justiça. Com isso, a Fenajud orienta que é preciso denunciar esses casos, e o sindicato da sua categoria, no seu estado, é um dos primeiros locais onde a trabalhadora ou o trabalhador assediado deve pedir orientações. Lá é possível encontrar apoio, conforto e orientações de como agir para acabar com esse sofrimento e punir os culpados.

A série

A série, ao expor essas experiências, busca catalisar mudanças significativas no tratamento das servidoras e dos servidores da justiça, destacando que sua saúde e bem-estar são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Assim, a cada semana a Fenajud e o Sindicato lançarão luz sobre histórias reais que evidenciam a importância de uma abordagem ética, consistente e responsável na promoção do bem-estar no ambiente de trabalho.

Os relatos, dos mais variados assuntos dentro do espectro de saúde, são gravados por membros da coordenação da Fenajud e serão divulgados semanalmente, expondo narrativas impactantes que revelam as adversidades enfrentadas por servidores e servidoras.

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