A Fenajud fez uma fala contundente em evento do corporativismo nacional, diante de inúmeros dados e informações contraditórias. Os representantes das entidades sindicais e da sociedade organizada foram presenças minoritárias no espaço, que recebeu representantes do capital para defender a malfada PEC 32 – Reforma Administrativa.
Defender o serviço público tem sido uma constante nos últimos anos, diante dos diversos ataques direcionados ao funcionalismo público. E nesta quarta-feira (1/11), mais uma vez, a Fenajud – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados cumpriu o seu papel institucional e defendeu, categoricamente, aqueles e aquelas que movem o país: a classe trabalhadora. A ação reativa se deu durante o Seminário Reforma Administrativa: qualidade de gastos do governo no setor público”, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.
Na oportunidade, o coordenador de Assuntos Parlamentares da Federação, Eduardo Couto, apresentou alguns contrapontos às falas corporativistas apresentadas pelas empresas que representam o capital. Com a presença de deputados e senadores de frentes parlamentares ligadas ao empresariado e ao agro, o dirigente cobrou espaço às entidades sindicais e repudiou aquilo que foi defendido durante todo o evento: a PEC 32 – rejeitada pela entidade por ser considerada um verdadeiro desmonte do serviço público no país.
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Sob a ausência de entidades representativas da classe trabalhadora, participaram das mesas o presidente da FPE (Frente Parlamentar de Empreendedorismo), deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), o presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Pedro Lupion (PP-PR), o presidente da FPMin (Frente Parlamentar da Mineração Sustentável), deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) e o presidente da FPBC (Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo), deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). O evento é promovido pelo IUB (Instituto Unidos Brasil) e 23 frentes parlamentares.
A atividade, que abriu um pequeno espaço para falas no último painel, teve como foco discutir a qualidade dos gastos do governo no setor público, debater a máquina pública e atacar os direitos das servidoras e dos servidores.
Era esperada a participação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no evento. Os congressistas, contudo, não compareceram.
A Fenajud seguirá na defesa intransigente dos serviços públicos de qualidade prestados à sociedade, na defesa dos direitos trabalhistas desta categoria. Em todos os eventos, as dirigentes e os dirigentes da entidade apontam que estão preparados para o diálogo acerca de uma reforma administrativa que vise o aperfeiçoamento dos serviços públicos, a eficácia, as melhorias das condições de trabalho, combate a todas as formas de assédio, a defesa da saúde dos trabalhadores e uma avaliação de desempenho justa e valorização das carreiras, entre outras.