A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), vem por meio desta nota, expressar sua total indignação com a votação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) que o governo de José Ivo Sartori, no Rio Grande do Sul, levará a efeito entre os dias 29 a 31 de janeiro, em sessão extraordinária.
A exemplo do que ocorreu no Estado do Rio de Janeiro, essa medida não irá resolver o problema financeiro do Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, mesmo com o Regime, a crise permaneceu o que provocou atrasados e parcelamento de salários dos servidores – bem como a precariedade na prestação dos serviços públicos.
Em troca da suspensão por três anos da dívida do RS com a União, entre outras medidas, o RRF prevê a venda de estatais e o congelamento de reajustes nos salários dos servidores até 2020, não haverá alteração nos planos de carreira e as contratações também serão congeladas.
Estima-se por dados técnicos* que com a adesão ao plano essa dívida, atualmente em R$ 58 bilhões chegue a R$ 90 bilhões ao término da vigência do acordo.
A Fenajud se alia à luta de todos os trabalhadores contra o processo de desmonte do Estado e de precarização dos serviços públicos, prestando seu apoio e solidariedade especialmente aos servidores da justiça gaúcha.
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*Dados técnicos do SindifiscoRS (Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do Estado do Rio Grade do Sul), CeapeTCE (Sindicato do Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do RS).