A Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) lançou no início deste ano, por meio da Coordenação de Gênero, Etnia e Geracional, o primeiro Clube de Leitura de Mulheres Sindicalistas da entidade. E agora, os encontros virtuais serão retomados. A previsão é que isso aconteça já na próxima semana, no dia 11 de maio. O grupo dará continuidade à leitura e debate das teses 1, 2 e 3, do livro “Feminismo para os 99%”, de Cinzia Arruzza, Nancy Fraser e Tithi Bhattacharya.
Com encontros mensais, sempre de forma virtual, o grupo tem debatido obras literárias que dialogam com o feminismo e a atuação feminina no mundo sindical. O primeiro encontro aconteceu em fevereiro desse ano e reuniu o total de 20 mulheres, de 9 estados diferentes.
De acordo com a coordenadora da pasta, Ana Carolina Lobo, ainda é possível participar das rodas de conversa. As dirigentes que tiverem interesse podem se inscrever por meio do Google Forms, aqui.
Ana Carolina conta que inicialmente foram debatidos o prefácio do livro, feito pela Deputada Federal Talíria Petrone, e a introdução da obra literária proposta. “Debatemos com ênfase para os aspectos que mais nos chamaram atenção na leitura, especialmente a necessidade de construir um feminismo que olhe mais para as mulheres, de forma anticapitalista, antirracista.”.
Feminismo para os 99%
O primeiro livro que tem sido estudado é a obra “Feminismo para os 99%”. A obra foi escolhida por tratar do feminismo que abarca diversas questões sociais, com um olhar classista e interseccional para feminismo e raça, classe, meio ambiente, entre outros debates.
Sobre as autoras
Tithi Bhattacharya é professora e directora do departamento de Estudos Globais na Universidade de Purdue. Foi, com Cinzia Arruzza, uma das principais organizadoras da Marcha Internacional das Mulheres nos Estados Unidos e faz parte do comité editorial do periódico International Socialist Review.
Nancy Fraser é professor de Filosofia e de Política na New School for Social Research. Umas das maiores apoiantes da Marcha internacional das Mulheres, é dela a expressão «feminismo para os 99%».
Cinzia Arruzza foi uma das principais organizadoras da Marcha Internacional das Mulheres nos Estados Unidos. Além de professora de Filosofia na New School for Social Research, é ainda membro do colectivo editorial Viewpoint Magazine.