Maior mobilização indígena do país, Acampamento Terra Livre encerra atos em Brasília com participação da Fenajud

Protesto, que teve como mira combater os “projetos de morte”, contou com participação da Fenajud, por meio da coordenadora de Gênero, Etnia e Geracional, Ana Carolina Lobo.

Depois de dois anos, o Acampamento Terra Livre (ATL), que reúne milhares de representantes de grande parte dos 305 povos originários do país, retornou a Brasília de forma presencial. O Movimento esteve na capita entre os dias 4 e 14 de abril, onde serviu para mobilizar autoridades em prol das lutas indígenas. A coordenadora de Gênero, Etnia e Geracional da Fenajud, Ana Carolina Lobo, esteve na atividade e participou do encerramento das atividades, onde participou da marcha e de protesto a céu aberto.

Ana Carolina aponta que “A atividade, que marca sua 18ª edição, aconteceu sob o mote “Retomando o Brasil: demarcar territórios e aldear a política”. Centenas de indígenas participaram das mobilizações. Foram dias intensos, de debates, de união e de força dos povos indígenas. E a Fenajud está integrada nessa luta, porque o papel da entidade vai muito além da defesa de seus trabalhadores e trabalhadoras, e sim de defesa da democracia e do direito de todos os povos, entre eles os povos indígenas, ao seu território e modo de existir, que sofrem com as constantes ofensivas, principalmente, por meio de projetos que tramitam no Congresso Nacional”, pontua.

A demarcação dos territórios seguiu como bandeira principal, de forma que a defesa pela vida contra a agenda de destruições também esteve como parte da prioridade.

Uma das principais agendas a serem combatidas, cuja apreciação passou para caráter de urgência na Câmara dos Deputados, é o Projeto de Lei (PL) 191/2020. Defendido publicamente como prioritário pelo governo Bolsonaro, o PL permite que Terras Indígenas (TIs) sejam exploradas para mineração, hidrelétricas e projetos de infraestrutura de grande escala.

Outro ponto de pauta que foi destaque durante o evento foi o Marco Temporal, que também deve ter seu julgamento retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho.

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