Nota pública – Entidades apoiam professores e declaram ser contrárias a retorno presencial de aulas em Macapá

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), a Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário e MPU), a Fenamp (Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos), a Ansemp (Associação Nacional dos Servidores do Ministério Público), a Nova Central Sindical, a CSP Conlutas e a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CPSB), em decisão conjunta, veem a público manifestar apoio aos professores e professoras que deflagaram greve no município de Macapá (AP), em virtude da decisão da prefeitura local que determinou o retorno das aulas presenciais na região.

Em conjunto, as entidades defendem a decisão da categoria e acreditam que o retorno só deve acontecer, de fato, quando houver condições sanitárias adequadas e vacinação em massa. Além disso, as entidades nacionais defendem a continuidade do ensino remoto enquanto perdurar a pandemia do vírus Covid-19, não apenas no município de Macapá, mas em todos os outros que seguem registrando inúmeros casos e mortes a cada dia.

As entidades ressaltam que a educação é fundamental e essencial em qualquer sociedade. Porém, o momento é para defender vidas e não para atentar contra centenas de milhares de pessoas, em meio a uma pandemia gravíssima, que já dizimou mais de 4 mil vidas em todo país, sendo quase 110 mil infectados apenas no estado do Amapá, segundo dados da Secretaria de Saúde local.

Tal posicionamento das entidades justifica-se com base em dados de renomadas Instituições do país, como FIOCRUZ e DIEESE, que apontam a volta às aulas presenciais como um grande fator de risco de transmissão e contaminação, ofertando perigo real em especial aos professores e professoras, estudantes e suas famílias.

Na atual fase da pandemia, com as novas variantes do SARS-COV2 circulando de forma descontrolada, as estatísticas mostram que os mais jovens já estão sendo acometidos, inclusive com gravidade e óbitos.

Desse modo, as entidades reivindicam: vacinação ampla para toda a população, com a aquisição de imunizantes pelas autoridades de Saúde; o fim da política negacionista; ação efetiva para suprir o país com as vacinas necessárias à proteção das pessoas e retomada da atividade econômica; vacinação para todos e todas as profissionais da educação, de todas as faixas etárias, da educação infantil à superior; e o retorno às atividades presenciais nas escolas somente num cenário de controle da pandemia.

Retorno presencial, só com pandemia estabilizada.
Em respeito às vidas.
Em respeito a todas e todos.

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