31 de março: uma data que deve ser repudiada

Há 57 anos o país entrava em um dos piores momentos de sua história: a ditadura militar, que durou 21 anos e deixou centenas de mortos e desaparecidos e fez uso da tortura e do estupro para agredir seus opositores políticos. Por isso, neste 31 de março de 2021, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados – FENAJUD vem a público repudiar as “comemorações” referentes a esta data e levantar a bandeira em defesa da democracia.

Neste momento em que contabilizamos milhares de vidas ceifadas, por incompetência de governantes, pela falta de ações contundentes contra a Covid-19 e a ausência de vacinação em massa, nossa posição é lembrar a história da ditadura para nunca mais esquecer, e não permitir que se repita. A data simboliza a escalada da repressão violenta e o desprezo pela vida.

A Fenajud acredita ser necessário posicionar-se publicamente neste momento, visto que o presidente da República, Jair Bolsonaro, garantiu na justiça o direito de comemorar o golpe de 1964. O fato é visto como inaceitável por esta instituição. É extremamente cruel “comemorar” a morte e tortura de homens, mulheres e crianças.

A determinação de Bolsonaro foi condenada também por órgãos federais. Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) disse que comemorar a ditadura é “É incompatível com o Estado Democrático de Direito festejar um golpe de Estado e um regime que adotou políticas de violações sistemáticas aos direitos humanos e cometeu crimes internacionais”.

Portanto, a Fenajud declara que jamais irá se curvar para o obscurantismo e para o autoritarismo e rechaça as declarações em defesa da ditadura e lembra que as liberdades e direitos foram reconquistadas com muita luta.

Para a Federação, o dia 31 de março é uma data nefasta na história do Brasil, que deve ser recordada para sempre como o trágico episódio que foi para a democracia, a liberdade e a vida do povo brasileiro. Que possamos olhar para frente, lutar e construir uma democracia que seja mais plural e menos desigual.

Ditadura nunca mais!

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