Não é de se espantar que, mais uma vez, o governo despreparado de Jair Bolsonaro e de Paulo Guedes mostrem sua verdadeira face quando o assunto são os trabalhadores e as trabalhadoras deste país. Hoje, em mais um ataque, Guedes direcionou sua fala desrespeitosa e cheia de preconceito ao funcionalismo público quando compara servidores e servidoras, que seguem contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do Brasil, facilitando o acesso da população aos serviços públicos, a “parasitas”. A citação ocorreu nesta sexta-feira (07), em palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EPGE).
A Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), que representa 25 entidades sindicais de todas as regiões do país e mais de 150 mil servidores e servidoras do Poder Judiciário Estadual, tão logo tomou conhecimento do episódio, decidiu vir a público manifestar seu total repúdio à fala do ministro.
A entidade acredita que os verdadeiros parasitas são aqueles que querem vender as empresas públicas a preço de banana no mercado financeiro e a banqueiros, que esperam ansiosamente pelo sucateamento da justiça, da saúde, da educação e da segurança. Desse modo, a Federação rejeita ainda qualquer tentativa esdrúxula de taxar a categoria como privilegiada. Quando na verdade, seguem anos a fio sem valorização real, sofrem com perdas salariais e com assédio moral, como este proferido pelo ministro.
A Federação alerta a sociedade para o que lhes aguardam com a falta de trabalhadores e trabalhadoras concursados(as) nas unidades de atendimento. Saibam: ficará mais difícil acesso à justiça, haverá ainda mais filas em hospitais, as cidades serão levadas ao caos na segurança e irão sofrer com a falta de investimento em educação. O objetivo é único: destruir a imagem dos trabalhadores e trabalhadoras que executam este tipo de atividade e, assim, facilitar a privatização e a entrada de empresas de terceirização – de poderosos – nas repartições brasileiras, e nos mais diferentes níveis de governo. Apenas a população mais pobre será prejudicada.
A Fenajud ressalta que é inquestionável a relevância da atuação do trabalhador e da trabalhadora do serviço público, pois o seu principal diferencial é não se submeter a mandos e desmandos de diferentes governantes por ter sua estabilidade garantida por meio do concurso público.
Por fim a entidade afirma que não se constrói uma democracia e um país organizado, que atenda as necessidades e anseios da população de forma digna, sem a prestação de serviço desses profissionais totalmente comprometidos, sem que sejam tratados com respeito e dignidade.
Seguiremos na luta pela valorização do serviço público e dos trabalhadores e trabalhadoras.
Fenajud