Nota de apoio à greve dos trabalhadores do judiciário do estado do Ceará

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) vem a público manifestar total apoio ao movimento paredista dos servidores da justiça do Ceará, realizado nesta quarta-feira (18/04) e quinta (19/04) – engajado pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sindjustiça-CE) – e repudiar o posicionamento intransigente do Tribunal de Justiça que, por indisposição ao diálogo, prejudica o funcionamento do serviço essencial à população naquela localidade.

A entidade paralisou suas atividades em favor das reivindicações da categoria, que são: o pagamento das ascensões funcionais referente ao interstício 2016-2017 e 2017-2018; o pagamento da Gratificação de Estímulo à Interiorização (GEI); a reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores do Poder Judiciário estadual (PCCR); a revisão dos critérios da Gratificação por Alcance de Metas Estratégicas (GAM); e a reposição das perdas salariais, que chegam à marca de 20%.

Sob esses pontos, a Federação repudia a notória tentativa de abafar a paralisação e a voz do sindicato, por meio da: remoção indevida e unilateral dos dirigentes sindicais, em pleno mandato sindical; da atuação do TJCE que mantem o bloqueio do acesso ao site da entidade representativa nos computadores das unidades do Tribunal; e a manutenção de viaturas policiais da Assistência Militar do TJCE, que foram orientadas a constranger os motoristas dos carros de som da entidade sindical, tolhendo o direito a livre manifestação e propaganda sindical da paralisação.

É inaceitável que o TJCE contraponha-se ao direito adquirido dos(as) Trabalhadores(as) e trate com tamanho descaso a manifestação legítima de uma categoria, que conta, principalmente, com amplo apoio social.

Por isso, a Fenajud, comprometida com a luta da classe trabalhadora, entende que esse enfrentamento é legítimo e reafirma seu apoio ao funcionalismo do Estado do Ceará. Estamos lado a lado aos trabalhadores e trabalhadoras que bravamente resistem pela garantia de seus direitos e contra a precarização do trabalho.

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