A Fenajud marcou presença por meio das coordenadoras Danyelle Martins e Adriana Toscano.
A capital federal amanheceu, nesta terça-feira (25), tomada por tambores, cantos e passos firmes de milhares de mulheres negras vindas de todas as regiões do Brasil e de outros países para a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. O ato, que saiu às 11h do Museu Nacional da República em direção à Esplanada dos Ministérios, transformou Brasília em um grande território de resistência, luta e afirmação política. Representando a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), participaram as coordenadoras Norte e Sudeste, Danyelle Martins e Adriana Toscano, respectivamente, que acompanharam o trajeto da marcha e reforçaram a importância da presença das trabalhadoras do Judiciário nesta grande ação nacional.
Entre as pautas centrais estiveram o enfrentamento ao feminicídio, a garantia de acesso à água e ao saneamento, a justiça climática, a valorização do trabalho das mulheres negras e a implementação efetiva de políticas de reparação. A elaboração do Manifesto Econômico da Marcha das Mulheres Negras de 2025 foi lembrada como um dos marcos desse processo organizativo, reunindo reivindicações estruturais para enfrentar o racismo ambiental, social e institucional.
Para as representantes da Fenajud, a marcha reafirma a urgência de enfrentar o racismo estrutural também no sistema de Justiça, onde mulheres negras seguem sendo as mais impactadas pela desigualdade, pela violência institucional e pela exclusão dos espaços de poder. Elas destacaram que a luta por reparação, dignidade e igualdade é uma agenda que deve atravessar todas as categorias e instituições públicas. Assim, as dirigentes pontuam que, estar presente neste momento simboliza o compromisso com a luta antirracista, com a equidade e com a defesa dos direitos das trabalhadoras do Judiciário e de todas as mulheres brasileiras.
Além delas, quilombolas, trabalhadoras rurais, ribeirinhas, mulheres urbanas, intelectuais negras, escritoras, lideranças comunitárias e ativistas caminharam juntas denunciando a violência, exigindo reparação histórica e defendendo um projeto de bem viver para mulheres negras e indígenas. Cartazes, cantos e palavras de ordem ecoaram por toda a Esplanada, reafirmando a força coletiva dessas mulheres que constroem, todos os dias, a luta por direitos.
A marcha contou com a presença de importantes lideranças políticas. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforçou o compromisso com políticas públicas voltadas à população negra:
“Não podemos admitir nenhum tipo de transfobia, nem desrespeito à nossa diversidade. Queremos construir, em conjunto, políticas públicas para as mulheres negras desse país.”
A Marcha
A Marcha Nacional das Mulheres Negras, que está em sua segunda edição, reafirma que, apesar dos desafios, a organização coletiva das mulheres negras segue sendo uma das forças mais potentes da democracia brasileira.
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