Desde o fim de 2017 os petroleiros deram um alerta e entraram em greve geral em todo o país em defesa da Petrobras, contra a privatização da empresa, em defesa da vida e da soberania nacional. A situação se agravou, e a partir desta quarta-feira (30) a categoria realizará uma nova paralisação. O objetivo é protestar contra os graves ataques que já afetam a economia nacional e comprometem milhões de empregos. Diante disso, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), vem a público manifestar apoio à greve.
Com um plano de desinvestimento, a atual diretoria da Petrobrás, do governo ilegítimo de Michel Temer, quer privatizar partes da empresa, com isso tem destruído a empresa diante de um mercado tão importante no mundo todo. A mesma gerência pretende entregar o que é do povo brasileiro para as empresas privadas internacionais e nacionais, o que causará perda de soberania e a entrega de um setor estratégico para o desenvolvimento nacional. Além disso, pode causar grandes aumentos nos preços do gás de cozinha [essencial para sobrevivência das famílias], combustíveis e demissões de trabalhadores e trabalhadoras.
A Fenajud acredita que a greve dos petroleiros(as) é legítima, pois exige o fim do ajuste fiscal do atual governo. Este ajuste fiscal só aumenta as dificuldades econômicas do Brasil, retira os ganhos que o povo brasileiro teve nos últimos anos e não resolve a crise.
Os(as) petroleiros(as) exigem que a Petrobrás volte a realizar todos os investimentos necessários na exploração, refino e distribuição de petróleo e com estes investimentos se retome a industrialização e a geração de postos de trabalho no petróleo, como por exemplo a produção de todos os equipamentos necessários – navios, sondas, plataformas- para reaquecer a indústria naval nacional gerando mais empregos para nosso povo em território nacional.
A greve dos petroleiros(as) quer ainda a manutenção dos empregos e dos ganhos que a população teve nos últimos anos e exige que os recursos provindos da produção do petróleo seja usado para as áreas sociais em nosso país. Em especial, para que os recursos do pré-sal sejam para educação, saúde, emprego e direitos do povo brasileiro. Por isso a greve luta para não haver retrocessos nas leis do petróleo.
Diante destes fatos, a Fenajud se une a diversos movimentos populares e sindicatos em apoio e solidariedade à greve e conclama a sociedade para também apoiar essa luta, que é de interesse de todos e todas. Desse modo, a Federação orienta que todos os seus dirigentes e filiados participem dos atos nos estados, nas refinarias, ou onde tiver entidade representativa da classe.
A Federação chama a atenção ainda para a Democratização do Judiciário, e a inércia do setor diante de retrocessos institucionais, que neste momento deveria ensejar uma discussão sobre o poder. Enquanto Poder de Estado, como o Legislativo e o Executivo, o Judiciário poderia exercer papel protagonista na defesa da democracia e dos direitos humanos, mas não tem, de modo geral, conseguido impedir os retrocessos.
Quem paga a conta é o povo brasileiro.
A luta contra a privatização, em defesa da vida e da soberania é de todos e todas. Participe!