Fenajud e Fenajufe em parceria pela saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do judiciário e do MPU

Fenajud e Fenajufe, representantes do judiciário estadual e federal, estiveram com a professora da Universidade de Brasília e psicóloga especialista na área do trabalho, Ana Magnólia, e com o professor  Emílio Faças, para discutir parceria para identificar problemas que afetam a categoria.

Com o intuito de definir parâmetros para implantação de programas, projetos e ações voltados à promoção e preservação da saúde física e mental dos trabalhadores que atuam no judiciário, tanto estadual quanto federal, a Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) e a Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) se reuniram com uns dos maiores especialistas em psicologia com foco no trabalho, a professora da UnB (Universidade de Brasília) Ana Magnólia, e com o professor Emílio Faças, do Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho da UnB, nesta quarta-feira (15).

O Encontro que aconteceu no Instituto de Psicologia, contou com a participação dos coordenadores, Janivaldo Nunes (Fenajud), Mara Weber e Costa Neto (Fenajufe), e teve como objetivo debater detalhadamente uma possível parceria, entre as entidades e a Universidade, para produção e realização de Pesquisa que poderá apontar os riscos psicossociais no ambiente do trabalho, e identificar situações de sofrimento emocional e psicológico, bem como o adoecimento osteomuscular.

As federações farão o trabalho de conscientização junto aos sindicatos de base, para sensibilizar os servidores e servidoras a responderem o questionário da pesquisa. A pesquisa tem como público-alvo os servidores e servidoras do judiciário federal e estadual e MPU.

O ambiente organizacional reflete diretamente na saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras. Os transtornos psicológicos já são a terceira maior causa dos afastamentos trabalhistas no Brasil e esses números tem aumentado dentro do judiciário. A situação é alarmante, visto que as corporações deixam de lado o aspecto humano do seu colaborador.

Na avaliação da professora Ana Magnólia, servidores têm sofrido com a nova organização do trabalho e a pesquisa servirá como instrumento para apontar toda a tragédia que vivencia o servidor do judiciário.

O coordenador-geral da Fenajud, Janivaldo Nunes, avaliou a reunião e disse que: “Diz o ditado popular que ‘sem saúde não se tem nada’ e, de fato, essa é uma realidade palpável. A Fenajud e a Fenajufe com essa pesquisa darão um significativo passo rumo à proteção e prevenção da saúde dos trabalhadores do judiciário nacional. Esperamos que a partir daí possamos implementar políticas que visem a minimização das doenças típicas de nossa categoria”.

A coordenadora Mara Weber, da Fenajufe, destacou que a pesquisa será um marco para a garantia de uma boa qualidade de vida para os servidores e servidoras. “Essa foi à primeira reunião organizativa, agora vamos trabalhar na identidade visual e divulgação junto aos nossos sindicatos. A pesquisa deixará um legado pra toda a categoria. Será criado um banco de dados sobre a categoria e a partir desses dados propor politicas para cobrar a garantia de um ambiente de trabalho livre de sofrimento e adoecimento que necessariamente exige mudança no modelo de gestão do trabalho, gestão de pessoas e de atenção à saúde dos servidores e servidoras do Judiciário e MPU. Estamos trabalhando com a meta de inicio de aplicação para outubro. Muito trabalho pela frente mas a direção da Fenajufe está comprometida com esse trabalho”, concluiu.

Os desdobramentos da reunião serão apresentados no Conselho de Representantes da Fenajud, em Manaus (AM), nos dias 28 e 29 de setembro.

 

Com informações da Fenajufe

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